Por Mimi Nguyen Ly
Um homem foi morto em meio aos protestos nacionais em Cuba, confirmaram autoridades na terça-feira.
O Ministério do Interior de Cuba afirmou em comunicado que “lamenta a morte” de Diubis Laurencio Tejeda, 36 anos.
Isso marca a primeira morte confirmada no maior protesto que o país comunista já viu em décadas.
Tejeda morreu na segunda-feira enquanto participava de um confronto entre manifestantes e policiais no município de Arroyo Naranjo, nos arredores de Havana, segundo o comunicado oficial.
Outros foram presos e feridos, incluindo alguns oficiais, mas o regime cubano não especificou quantas pessoas foram afetadas.
No comunicado, o regime alegou que os manifestantes estavam vandalizando casas, incendiando e danificando linhas de transmissão de energia. Também acusou os manifestantes de terem atacado policiais e civis com facas, pedras e outros objetos.
Os protestos eclodiram em várias cidades de Cuba no domingo, com os cidadãos pedindo mais liberdade e o fim da ditadura comunista.
Os cubanos protestaram contra a contínua escassez de alimentos e outros bens, preços altos e cortes de energia, em meio a uma profunda crise econômica no país, agravada por bloqueios relacionados à pandemia.
Gritos de “abaixo a ditadura”, “liberdade” e “pátria e vida” foram ouvidos durante as manifestações, de acordo com imagens postadas online.
De acordo com a The Associated Press, os manifestantes se reuniram em pontos de encontro compartilhados em plataformas populares de mídia social, como Twitter e Facebook. As autoridades então começaram a fechar serviços de Internet em algumas cidades na tarde de domingo para evitar que os dissidentes transmitissem os protestos ao vivo, informou a agência de notícias.
A empresa global de monitoramento de Internet NetBlocks informou que Cuba restringiu o acesso às mídias sociais e plataformas de mensagens, incluindo Facebook, Instagram, WhatsApp e Telegram desde segunda-feira. Cuba foi acusada de ter adotado sistemas de tecnologia fabricados na China para controlar e bloquear o acesso à Internet.
A Associated Press e a Reuters contribuíram para este relatório.