Uma pessoa é morta em meio a protestos em Cuba

Primeira morte confirmada no maior protesto no país em décadas

14/07/2021 19:31 Atualizado: 14/07/2021 19:31

Por Mimi Nguyen Ly

Um homem foi morto em meio aos protestos nacionais em Cuba, confirmaram autoridades na terça-feira.

O Ministério do Interior de Cuba afirmou em comunicado que “lamenta a morte” de Diubis Laurencio Tejeda, 36 anos.

Isso marca a primeira morte confirmada no maior protesto que o país comunista já viu em décadas.

Tejeda morreu na segunda-feira enquanto participava de um confronto entre manifestantes e policiais no município de Arroyo Naranjo, nos arredores de Havana, segundo o comunicado oficial.

Outros foram presos e feridos, incluindo alguns oficiais, mas o regime cubano não especificou quantas pessoas foram afetadas.

No comunicado, o regime alegou que os manifestantes estavam vandalizando casas, incendiando e danificando linhas de transmissão de energia. Também acusou os manifestantes de terem atacado policiais e civis com facas, pedras e outros objetos.

Os protestos  eclodiram em várias cidades de Cuba no domingo, com os cidadãos pedindo mais liberdade e o fim da ditadura comunista.

Os cubanos protestaram contra a contínua escassez de alimentos e outros bens, preços altos e cortes de energia, em meio a uma profunda crise econômica no país, agravada por bloqueios relacionados à pandemia.

Gritos de “abaixo a ditadura”, “liberdade” e “pátria e vida” foram ouvidos durante as manifestações, de acordo com imagens postadas online.

De acordo com a The Associated Press, os manifestantes se reuniram em pontos de encontro compartilhados em plataformas populares de mídia social, como Twitter e Facebook. As autoridades então começaram a fechar serviços de Internet em algumas cidades na tarde de domingo para evitar que os dissidentes transmitissem os protestos ao vivo, informou a agência de notícias.

A empresa global de monitoramento de Internet NetBlocks informou que Cuba restringiu o acesso às mídias sociais e plataformas de mensagens, incluindo Facebook, Instagram, WhatsApp e Telegram desde segunda-feira. Cuba foi acusada de ter adotado sistemas de tecnologia fabricados na China para controlar e bloquear o acesso à Internet.

A Associated Press e a Reuters contribuíram para este relatório.

Siga Mimi no Twitter: @MimiNguyenLy