Por Ivan Pentchoukov
Mais de um milhão de pessoas fugiram da Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país na semana passada, segundo o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.
“Em apenas sete dias, testemunhamos o êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para países vizinhos”, escreveu Grandi no dia 2 de março.
“Para muitos outros milhões, dentro da Ucrânia, é hora de as armas serem silenciadas, para que a assistência humanitária que salva vidas possa ser fornecida.”
Refugiados estão fugindo para o oeste das zonas de guerra na Ucrânia a uma taxa de mais de 100.000 por dia desde que a Rússia começou sua invasão. Cerca de metade acabou na Polónia. A maioria restante cruzou para a Eslováquia, Hungria, Romênia e Moldávia.
O governo polonês está oferecendo aos ucranianos que requerem asilo, viagens gratuitas em alguns trens de metrô intermunicipais, serviços de transporte, assistência médica básica e abrigo.
Embora Moscou afirme que suas forças não estão atirando em alvos civis, vídeos postados nas redes sociais mostram prédios residenciais destruídos e ataques com foguetes contra infraestrutura civil.
Cerca de 44 milhões de pessoas viviam na Ucrânia antes da invasão da Rússia.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) afirmou que a guerra na Ucrânia está se tornando “uma das maiores emergências humanitárias na Europa pelos próximos anos”.
A grande maioria dos ucranianos que fogem são mulheres e crianças porque homens de 18 a 60 anos estão impedidos de deixar o país até novo aviso.
Em resposta à escalada da crise, o secretário-geral da ONU, António Guterres, liberou US $20 milhões em fundos de emergência para a Ucrânia na semana passada.
O Escritório de Direitos Humanos do Alto Comissariado da ONU estimou que até domingo 102 civis ucranianos foram mortos, incluindo sete crianças. As autoridades da Ucrânia estimaram o número de civis mortos em 352, incluindo 14 crianças. A Rússia sustenta que suas forças não têm como alvo áreas civis.
Os números de baixas militares variam muito, dependendo da fonte. Pela primeira vez desde a invasão, que Moscou chama de “operação militar especial”, a Rússia divulgou uma contagem de baixas na quarta-feira. Um porta-voz do Ministério da Defesa afirmou que 498 soldados russos foram mortos desde o início do conflito. No mesmo dia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou que mais de 9.000 soldados russos foram mortos.
Autumn Spredemann e Reuters contribuíram para esta reportagem.
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