Um em cada cinco russos acredita que morte de Prigozhin foi “vingança” do regime russo

Por Agência de Notícias
01/09/2023 17:33 Atualizado: 02/09/2023 14:38

Um em cada cinco russos, o equivalente a 20% dos consultados, acredita que a morte do chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em um desastre aéreo na semana passada se deveu a uma “vingança” do Kremlin em resposta à rebelião fracassada que os mercenários protagonizaram em junho, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

A sondagem, conduzida pelo Levada, o principal centro sociológico independente da Rússia, indica que 26% dos entrevistados acredita que a morte de Prigozhin aconteceu devido a um “acidente trágico”.

Por outro lado, 16% dos participantes da pesquisa estão convencidos de que o chefe do Wagner ainda está vivo, uma vez que a catástrofe do avião, no qual também viajavam outras nove pessoas, foi “uma armação”.

Além disso, 14% dos russos considera que o avião de Prigozhin caiu em consequência de um “ataque organizado por serviços secretos estrangeiros”, uma das versões do incidente sugeridas pelos meios de comunicação russos.

Por fim, 22% não souberam responder à pergunta sobre as causas do acidente do avião particular Embraer Legacy 600, que caiu durante uma viagem de Moscou a São Petersburgo.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 30 de agosto (uma semana após a queda do avião) com a participação de 1.600 pessoas.

Até agora, nenhum progresso foi relatado na investigação sobre a causa da queda do avião, no qual, além de Prigozhin, viajavam Dmitri Utkin, cofundador do Wagner, e outras oito pessoas, três delas tripulantes.

O Kremlin descartou na quarta-feira a possibilidade de participação de instituições internacionais na investigação, uma vez que não está descartado que se tenha tratado de um ataque.

Nesse sentido, explicou que “existem várias versões, entre as quais um ato malicioso premeditado”, razão pela qual a investigação não será realizada da mesma forma como seria no caso de um simples acidente de avião.

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