UE e EUA anunciam novos investimentos na Ásia-Pacífico para combater China

Por Agência de Notícias
20/05/2023 18:17 Atualizado: 20/05/2023 18:17

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciaram neste sábado novos investimentos na Ásia-Pacífico como parte de um mecanismo criado pelo G7 para combater a China.

O maior anúncio foi feito por Von der Leyen, que disse que a União Europeia fornecerá US$ 4 bilhões em empréstimos para projetos de infraestrutura em países de baixa e média renda na região da Ásia-Pacífico.

“No G7 queremos fazer parte da solução para fechar a lacuna de investimento em infraestrutura. Queremos colocar as melhores ofertas sobre a mesa. Se não existir uma concorrência, queremos estar à frente”, manifestou Von der Leyen em um evento à margem da cúpula do G7 em Hiroshima.

Por sua vez, Biden anunciou investimentos em diferentes partes do mundo e cujos recursos virão tanto dos cofres públicos quanto do setor privado.

O mandatário não ofereceu um número total de investimentos dos Estados Unidos, mas deu vários exemplos dos projetos que seu país está realizando.

Por exemplo, explicou que seu governo planeja investir US$ 25 milhões em ajuda à Costa Rica para ajudar a fortalecer suas defesas contra ataques cibernéticos.

Biden também mencionou um investimento no Equador anunciado oficialmente há duas semanas para ajudar na modernização de Puerto Bolívar, no sudeste do país e que se encontra perto das áreas do país dedicadas à agricultura.

O evento em que Von der Leyen e Biden conversaram foi para mostrar o compromisso do G7 com o grande plano de infraestrutura lançado por esse mesmo grupo em sua cúpula no ano passado na Alemanha, conhecido como Parceria para Infraestrutura Global e Investimento (PGII, na sigla em inglês).

Por meio desse plano, o G7 se comprometeu a mobilizar US$ 600 bilhões em cinco anos para fazer frente ao megaprojeto chinês “Um Cinturão, Uma Rota”, lançado em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping com o objetivo de expandir a influência da China no mundo por meio de investimentos em infraestrutura e telecomunicações.

Segundo a Casa Branca, até o momento, os Estados Unidos mobilizaram US$ 30 bilhões por meio de subsídios públicos e investimentos do setor privado para projetos de infraestrutura.

Por seu lado, a UE criou uma iniciativa denominada “Global Gateway” e que visa, em um período de seis anos (2021-2027) mobilizar US$ 330 bilhões em investimentos, com um mix de donativos, empréstimos concessionais e garantias.

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