UE condena decreto russo de apropriação da usina nuclear de Zaporizhzhia

Por Agência de Notícias
08/10/2022 14:27 Atualizado: 08/10/2022 14:27

A União Europeia (UE) condenou “energicamente” neste sábado (08) o decreto do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a “apropriação ilegal” da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, e a criação de uma empresa governamental neste âmbito.

“A UE não reconhece e condena energicamente a anexação ilegal pela Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson. Consequentemente, o decreto sobre a apreensão da usina de Zaporizhzhia é ilegal e legalmente nulo”, disse em comunicado Josep Borrell, alto representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança.

O chefe da diplomacia da UE insistiu que a Rússia “deve retirar completamente as suas forças e equipamento militar e devolver o controle da usina nuclear ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia”.

“Os sete pilares indispensáveis da segurança nuclear, tal como estabelecidos pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), devem ser plenamente cumpridos e respeitados”, enfatizou.

Neste contexto, Borrell afirmou que “uma presença reforçada da AIEA no local e o seu livre acesso à usina é urgentemente necessária no interesse da segurança da Europa como um todo”.

Além disso, pediu a criação “imediata” de uma zona de proteção de segurança nuclear sem prejuízo à soberania e à integridade territorial da Ucrânia, tarefa em que a UE apoia fortemente os esforços do diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi.

“A UE mantém o seu apoio inabalável à independência, à soberania e à integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, e exige que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas tropas e equipamento militar de todo o território da Ucrânia”, comentou Borrell.

Também deixou claro que a UE “continuará a prestar um forte apoio econômico, militar, social e financeiro à Ucrânia durante o tempo que for necessário”.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto em 5 de outubro ordenando o governo a se apropriar da usina de Zaporizhzhia, que está sob o controle do Exército russo desde março.

 

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