A Ucrânia sofreu nas últimas 24 horas o maior ataque da Rússia até agora na guerra entre os dois países, com bombardeios registrados em 118 localidades, e se prepara para repelir uma terceira ofensiva inimiga à cidade de Avdivka, que pode decidir o destino deste reduto ucraniano.
“Nas últimas 24 horas, o inimigo bombardeou 118 localidades em dez regiões. Esse é o maior número de cidades e vilarejos atacados desde o início da guerra”, escreveu o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, no Telegram.
O ministro falou em particular dos ataques de drones a uma refinaria em Kremenchuk, na região de Poltava (centro), bem como dos ataques aéreos e de artilharia em Kharkiv (nordeste), Donetsk (leste), Dnipropetrovsk (centro), Kherson e Mikolayiv (sul).
Estes ataques resultaram em três mortes nas regiões de Kharkiv, Donetsk e Kherson, de acordo com Klimenko.
Terceiro ataque russo a Avdivka
Em Avdivka, na região leste de Donetsk, as forças ucranianas estão se preparando para o terceiro ataque russo à cidade, que ainda abriga mais de 1.500 civis.
“Estamos esperando uma nova onda, a terceira desde o dia 10 de outubro”, disse Vitali Barabash, chefe da administração militar ucraniana na região.
Barabash acrescentou que o inimigo está se reagrupando e deslocando mais forças para o local, a fim de prosseguir com o ataque, que provavelmente será mais poderoso do que as duas primeiras tentativas de tomar a cidade.
Os russos, determinados a tomar Avdivka, um dos redutos ucranianos mais fortificados desde 2014, aprenderam lições com seus erros anteriores e pretendem tirar proveito do mau tempo que está prejudicando a logística das Forças Armadas ucranianas, de acordo com o oficial.
Especialistas militares russos disseram que suas forças podem capturar Avdivka até o final do ano.
Rússia repele ataques de mísseis e drones
A Rússia também afirmou nesta quarta-feira ter repelido um ataque maciço da Ucrânia nas regiões ocupadas no sul do país.
“Nossas defesas antiaéreas acabaram de repelir um ataque maciço de mísseis inimigos contra as regiões do sul da Rússia. Sete mísseis lançados por aeronaves inimigas tendo como alvo a Crimeia foram abatidos sobre Kherson”, escreveu no Telegram o prefeito de Kherson imposto pela Rússia, Vladimir Saldo.
O prefeito da cidade de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, relatou na mesma rede social que as defesas antiaéreas “estão destruindo um grande número de vários alvos aéreos em diferentes localidades da península da Crimeia”.
O Ministério da Defesa russo informou que nas últimas 24 horas um total de 48 drones ucranianos foram abatidos nas regiões anexadas pela Rússia em setembro de 2022.
O ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, disse que a Ucrânia está sendo derrotada apesar do fornecimento de armas dos países da Otan.
“As tropas russas que lutam na Ucrânia continuam suas ações de defesa ativa, desferindo golpes efetivos contra o inimigo”, declarou.
“As forças russas estão avançando e ocupando posições mais favoráveis”, concluiu Shoigu.
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