A Ucrânia pediu nesta quinta-feira, no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a criação de um tribunal internacional especial para julgar os crimes da Rússia no seu território, incluindo a deportação de crianças ucranianas para serem adotadas por famílias russas e terem a sua identidade nacional apagada.
“Em um ano, a Rússia cometeu 70 mil crimes contra a humanidade na Ucrânia. Peço que me digam quantas valas comuns ainda precisam de ser descobertas até a libertação total dos territórios ucranianos”, afirmou a vice-primeira-ministra ucraniana, Emine Dzhaparova, em mensagem de vídeo ao Conselho, que está reunido em Genebra.
“O pior é a deportação de milhares de crianças para a Rússia para adoção forçada por famílias russas para criá-las de costas para a sua pátria”, acrescentou.
Dzhaparova comentou que estes atos são abrangidos pela definição de genocídio e defendeu a criação de “um tribunal especial para julgar os crimes perpetrados pela Rússia”.
“Estes crimes não seriam possíveis sem o crime inicial, que é o crime de agressão, que começou na Crimeia em 2014, motivo pelo qual a nossa mensagem é clara. Tudo começou e deve terminar com a Crimeia”, enfatizou.
Segundo Dzhaparova, o fracasso internacional em responder à anexação da Crimeia pela Rússia “levou a uma guerra mais vasta, pois a natureza da agressão é sempre a mesma e quando não é impedida, torna-se maior”.
A chamada “fórmula de paz” do governo ucraniano pede a retirada de todas as forças russas do seu território, incluindo a península da Crimeia.
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