O Exército da Ucrânia denunciou que a Rússia executou seis soldados gravemente feridos, que não conseguiram fugir da cidade capturada de Avdiivka, e acusa Moscou de quebrar um acordo alcançado durante a retirada para garantir seu tratamento humanitário.
Os familiares identificaram três soldados ucranianos, Georgiy Pavlov, Andriy Dubnytskyi e Ivan Zhytnyk, no vídeo divulgado por fontes russas logo após a captura da posição fortificada “Zenith”, no sudeste da cidade, segundo informou a 110ª Brigada do Exército ucraniano nas redes sociais.
A brigada identificou mais dois soldados como Oleksandr Zinchuk e Mykola Savosik, enquanto a identidade do sexto permanece desconhecida, de acordo com o comunicado divulgado na noite de segunda-feira.
Os soldados gravemente feridos e desarmados não puderam ser retirados devido aos “incessantes bombardeios da aviação inimiga e ataques de artilharia, bem como aos constantes ataques de drones FPV em veículos de evacuação e bombardeios nas rotas de evacuação”, denunciou a brigada.
Depois de as forças russas cercarem a posição, foi decidido contatar o centro de coordenação e as organizações responsáveis pelas negociações sobre a troca de prisioneiros de guerra, para tentar garantir que os soldados gravemente feridos recebessem assistência médica e um tratamento em conformidade com os padrões internacionais de guerra e proteção de prisioneiros de guerra.
“O inimigo informou aos coordenadores deste processo que concordou em evacuar os nossos feridos e prestar-lhes assistência e, no futuro, trocá-los”, afirmou a brigada.
Seu destino foi posteriormente conhecido através do vídeo divulgado nas redes sociais russas, que mostra vários soldados caídos no chão em poças de sangue, com as mãos amarradas nas costas.
Segundo a imprensa ucraniana, amigos e parentes dos soldados assassinados os identificaram com a ajuda de tatuagens, roupas e objetos. A irmã de um deles, Ivan Zhytnyk, conversava com ele por videoconferência quando soldados russos entraram no hospital improvisado na posição capturada.
A brigada ucraniana classificou os membros do Exército russo como “terroristas e criminosos de guerra que dispararam contra desarmados e feridos”, e prometeu vingança por cada combatente executado.