Os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pela Rússia na Ucrânia “têm claros traços de genocídio”, segundo afirmou nesta sexta-feira (31) a embaixadora ucraniana nas Nações Unidas em Genebra, Eugenia Filipenko, em um debate sobre a situação do conflito no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
“A Ucrânia continuará seus esforços para o estabelecimento de um tribunal especial para processar os líderes políticos e militares da Rússia por este crime de agressão”, disse a chefe da delegação ucraniana após um pronunciamento do alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, no qual denunciou execuções de prisioneiros de guerra.
“A brutalidade da Rússia, em suas formas mais bárbaras, se manifesta no tratamento desumano dos prisioneiros de guerra ucranianos, que são submetidos a execuções e torturas por meio de espancamentos, eletrocussões, estrangulamentos, queimaduras e violência sexual”, disse Filipenko a esse respeito.
No entanto, segundo Türk, não apenas a Rússia, mas também a Ucrânia torturou e muitas vezes executou prisioneiros de guerra no âmbito do atual conflito.
A embaixadora também denunciou outros abusos dos invasores russos, como ataques contra infraestrutura civil (edifícios residenciais, escolas, centros médicos), além de “assassinato de civis, tortura, estupro e deportações ilegais que se tornaram o símbolo do terror russo contra a Ucrânia”.
Filipenko lembrou o recente mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra o presidente russo, Vladimir Putin, pela deportação de crianças ucranianas para a Rússia, e destacou que “é um passo importante para a responsabilização pelos graves crimes cometidos contra a Ucrânia”.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: