Por Agência EFE
San Francisco (EUA), 14 set – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou nesta segunda-feira à Califórnia, onde se reunirá com equipes de emergência que estão combatendo os incêndios florestais no estado.
Logo após a aterrissagem do avião presidencial Air Force One na base aérea de McClellan Park, próxima da capital da Califórnia, Sacramento, Trump disse a jornalistas que o estado precisa de “uma gestão florestal boa e forte” e lembrou que há três anos vem fazendo este mesmo pedido.
Ao ser perguntado sobre a influência da mudança climática na ocorrência dos incêndios florestais e em sua rápida propagação, o governante respondeu que “muitas coisas são possíveis”.
Os incêndios são tema de uma batalha política nos EUA, sendo geralmente atribuídos, por parte dos políticos republicanos, a uma má gestão florestal, que permite que a vegetação rasteira se acumule durante meses, o que faz com que o fogo queime de forma descontrolada.
Os democratas, por sua vez, são quase unânimes em apontar a crise da mudança climática e suas consequências no oeste dos Estados Unidos (menos chuva, menos umidade e temperaturas muito altas) como principal causa por trás dos incêndios.
Durante a visita, Trump também terá uma reunião com o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, mas não está prevista nenhuma aparição pública conjunta.
Concorrente de Trump nas eleições presidenciais de novembro deste ano, o democrata Joe Biden também falou sobre os incêndios na Califórnia nesta segunda-feira, culpando o presidente pelos incêndios e ignorando a administração democrata responsável pela região.
“Quantos subúrbios terão que ser inundados? Quantos subúrbios terão que desaparecer devido a grandes tempestades para conceder a este piromaníaco do clima mais quatro anos na Casa Branca? Por que deveríamos ficar surpresos com o aumento dos incêndios nos EUA?”, questionou Biden em um discurso em frente ao Museu de História Natural de Delaware, em Wilmington, cidade onde mora.
Bombeiros continuam trabalhando para combater múltiplos incêndios na costa oeste dos Estados Unidos e para evitar que os fortes ventos previstos para as próximas horas levem a um descontrole ainda maior das chamas.
Desde agosto, os incêndios já deixaram pelos menos 30 mortos e dezenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas.
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