Trump revela sua maior lição aprendida no primeiro ano de presidência

31/01/2018 03:23 Atualizado: 31/01/2018 03:23

O presidente norte-americano Donald Trump revelou alguns dos desafios que ele enfrentou, especialmente sua transição de ser uma pessoa de negócios para presidente, durante um almoço com várias âncoras da mídia em 30 de janeiro.

Antes de seu primeiro discurso do Estado da União, o presidente Trump disse que aprendeu muito em seu primeiro ano e que o puro pragmatismo e competitividade empresariais não funcionam bem na liderança de um país.

“Quando você é um empresário, você não precisa se preocupar com o seu coração, o coração. Você realmente faz o que é melhor para você… por razões quase meramente monetárias”, disse Trump.

“Ao fazer o que estou fazendo agora, muito é do coração, muito é compaixão, muito disso está bem além do dinheiro, como a imigração“, disse Trump.

Ele disse que os problemas como a imigração seriam fáceis de resolver se o analisássemos de um ponto de vista puramente econômico.

“Mas eu não tenho feito isso. O que estou fazendo é porque milhões de pessoas são afetadas. Eu me coloquei na posição deles”, disse ele. “Então, é muito diferente, daquela forma, do que eu pensei que seria.”

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Ele disse que ter uma experiência de negócios é benéfico, mas muitas vezes “você faz coisas que nunca faria nos negócios, porque você também deve governar com o coração”.

“Você governa com todos os instintos de uma pessoa de negócios, mas você tem que adicionar muito mais coração e alma às suas decisões”, disse Trump.

“Eu acho que isso é algo que eu aprendi mais do que talvez qualquer outra coisa.”

Espera-se que Trump discuta sobre a imigração no discurso do Estado da União, especialmente o plano que ele lançou na semana passada, que daria anistia e cidadania a pelo menos 1,8 milhão de imigrantes ilegais, em troca da segurança nas fronteiras, o fim da imigração em cadeia e da loteria de vistos de diversidade (green card).

Os democratas têm pressionado há anos por uma anistia para os 700 mil destinatários da Ação Diferida para Chegada de Jovens Imigrantes (DACA, na sigla em inglês), mas o líder da minoria no Senado, o senador Chuck Schumer (D-N.Y.), rejeitou a proposta de Trump, escrevendo no Twitter em 26 de janeiro que isso iria “fragmentar nosso sistema legal de imigração”.

Trump respondeu no Twitter em 27 de janeiro, dizendo: “Ofereci à DACA um acordo maravilhoso, incluindo a duplicação do número de destinatários e um caminho de doze anos para a cidadania, por dois motivos: (1) Porque os republicanos querem consertar um problema terrível de longa data. (2) Para mostrar que os democratas não querem resolver a [questão da] DACA, apenas usá-la!”

Alguns democratas disseram que pretendem levar imigrantes ilegais como seus convidados especiais ao discurso do Estado da União.

Trump estará levando 15 convidados para sentarem-se com a primeira-dama, incluindo os pais de duas adolescentes que foram assassinadas por um grupo de imigrantes ilegais membros da gangue MS-13 em Long Island, Nova York.

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