Trump proclama ‘Dia Mundial da Liberdade’, contra o comunismo e pelas liberdades individuais

24/11/2017 18:56 Atualizado: 24/11/2017 18:56

O presidente Donald Trump proclamou o dia 9 de novembro como ‘Dia Mundial da Liberdade’, para celebrar a queda do Muro de Berlim e denunciar o comunismo, reconhecendo aqueles que se levantaram contra o comunismo e outros sistemas totalitários.

O Muro de Berlim foi construído pela Alemanha Oriental comunista para evitar que as pessoas escapassem de seu regime totalitário. Em sua proclamação, Trump homenageou os acontecimentos de 9 de novembro de 1989, “quando as pessoas da Alemanha Oriental e Ocidental derrubaram o Muro de Berlim e a liberdade triunfou sobre o comunismo“.

“A queda do Muro de Berlim estimulou a reunificação da Alemanha e a disseminação de valores democráticos na Europa Central e Oriental”, disse Trump. “Através de eleições democráticas e um forte compromisso com os direitos humanos, esses homens e mulheres determinados asseguraram que seus companheiros e futuros cidadãos possam viver suas vidas em liberdade.”

E acrescentou: “Hoje, nos lembramos de que a função primária do governo é precisamente isto, assegurar liberdades individuais preciosas”.

“No Dia Mundial da Liberdade, nós reafirmamos o avanço da liberdade sobre as forças da repressão e do radicalismo”, disse Trump. “Nós continuamos a deixar claro que os regimes opressivos devem confiar em seu povo e conceder a seus cidadãos a liberdade que merecem. O mundo será melhor por isso.”

A proclamação se deu no 100º aniversário da Revolução Bolchevique, ocorrida entre 6 de novembro e 9 de novembro de 1917, que iniciou uma série de ditaduras comunistas que mataram coletivamente mais de 100 milhões de pessoas.

O Memorial das Vítimas do Comunismo, em Washington, em 8 de novembro de 2017. Fundado pela Victims of Communism Memorial Foundation, é uma réplica da estátua da Deusa da Democracia erguida durante os protestos da China em Praça Tiananmen em 1989 (Samira Bouaou/Epoch Times)
O Memorial das Vítimas do Comunismo, em Washington, em 8 de novembro de 2017. Fundado pela Victims of Communism Memorial Foundation, é uma réplica da estátua da Deusa da Democracia erguida durante os protestos da China em Praça Tiananmen em 1989 (Samira Bouaou/Epoch Times)

Trump também assinou uma proclamação reconhecendo as vítimas do comunismo e nomeado o 7 de novembro como o ‘Dia Nacional para as Vítimas do Comunismo’. Segundo a Victims of Communism Memorial Foundation, esta foi a primeira vez que a América declarou um dia reconhecendo as vítimas do comunismo.

“Esses movimentos, sob a falsa pretensão da libertação, privaram sistematicamente pessoas inocentes de seus direitos dados por Deus de liberdade de culto, liberdade de associação e inúmeros outros direitos que consideramos sacrosantos. Os cidadãos, ansejando pela liberdade, foram subjugados pelo Estado através do uso da coerção, violência e medo”, afirmou o escritório da secretária de imprensa da Casa Branca em um comunicado.

Observou que, além dos mortos sob o comunismo, “incontáveis mais” foram submetidos a “exploração, violência e devastação incalculável”.

Um turista fotografa crânios de vítimas do Khmer Vermelho exibidas no memorial dos campos de matança de Choeung Ek, em Phnom Penh, em 4 de maio de 2011. O regime comunista no Camboja matou aproximadamente um terço da população do país (Tang Chhin Sothy/AFP/Getty Images)
Um turista fotografa crânios de vítimas do Khmer Vermelho exibidas no memorial dos campos de matança de Choeung Ek, em Phnom Penh, em 4 de maio de 2011. O regime comunista no Camboja matou aproximadamente um terço da população do país (Tang Chhin Sothy/AFP/Getty Images)

O Congresso dos EUA também está tomando a frente contra o comunismo. No dia 7 de novembro, membros do Congresso formaram uma Convenção Bipartidária sobre as Vítimas do Comunismo, com os representantes Marcy Kaptur (Dem.-Ohio), Dan Lipinski (Dem.-Ill.), Dennis Ross (Rep.-Fla.) E Chris Smith (Rep.-N.J.).

Segundo um comunicado de imprensa, a convenção é dedicada a “aumentar a conscientização de como o comunismo vitimou e escravizou mais de 100 milhões de pessoas no passado e como sua tirania nos cinco países comunistas existentes (China, Cuba, Laos, Coreia do Norte e Vietnã) e seu legado na esfera pós-soviética moldam as relações internacionais hoje”.

Ela se concentrará em questões como a expansão da Rússia sobre a Ucrânia, a deterioração do sistema socialista na Venezuela, abusos contínuos de direitos humanos sob o regime comunista da família Castro, em Cuba, e ameaças nucleares em curso do regime comunista da Coreia do Norte.

Ao mesmo tempo, a convenção reconhecerá aqueles que foram mortos pelo comunismo e aqueles que ainda estão de pé contra ele. O comunicado diz: “A Convenção vai honrar a memória dos 100 milhões de vítimas do comunismo e aumentar a conscientização sobre os dissidentes que continuam a protestar contra os atuais regimes comunistas”.

Praticantes do Falun Gong expõem cartazes com fotos de pessoas que foram mortas na China por suas crenças. Centenas de praticantes da disciplina espiritual marcharam em uma passeata em Washington em 20 de julho de 2017, exigindo o fim da perseguição que teve início na China em 20 de julho de 1999 (Benjamin Chasteen/Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong expõem cartazes com fotos de pessoas que foram mortas na China por suas crenças. Centenas de praticantes da disciplina espiritual marcharam em uma passeata em Washington em 20 de julho de 2017, exigindo o fim da perseguição que teve início na China em 20 de julho de 1999 (Benjamin Chasteen/Epoch Times)

O representante Marcy Kaptur (Dem.-Ohio), co-presidente da Convenção, disse no lançamento: “Como muitos de meus constituintes experienciaram pessoalmente, o combate bem sucedido pela liberdade sob o jugo do autoritarismo, inerente ao comunismo, merece especial atenção nos anais da história. Esta convenção irá lançar luz sobre a luta das vítimas e trabalhar para manter viva a chama dos direitos humanos em todo o mundo”.

O deputado Dennis A. Ross (Rep.-Fla.) declarou no lançamento: “Nossa convenção assegurará que não esqueçamos as vítimas que foram forçadas a escolher entre sua fé e a crueldade de uma ditadura. Devemos nos apegar às virtudes da liberdade”.

Muitos especialistas em comunismo acreditam que o número de pessoas mortas sob a ideologia baseada no ateísmo e na luta poderia atingir a cifra de 150 milhões ou mais. De acordo com a Heritage Foundation, as estimativas variam drasticamente mesmo sobre os mortos na revolução bolchevique de Vladimir Lênin.

Ele observa que o historiador Richard Pipes diz que a revolução de Lênin e o regime stalinista que se seguiu mataram 9 milhões, enquanto o historiador Robert Conquest diz que o número é de pelo menos 20 milhões, com outros 30 milhões mortos sob o ‘Grande Terror’.

Conforme o comunismo se espalhou, outros países experimentaram tragédias semelhantes sob seus sistemas totalitários. O relatório observa que o regime assassino da União Soviética foi ultrapassado apenas pelo Partido Comunista Chinês de Mao Zedong, o qual ele afirma ter assassinado entre 44,5 milhões e 72 milhões de pessoas.

O documento acrescenta, no entanto, que “não é apenas a perda de vidas que mancha a história do comunismo. Seu legado também é de severa pobreza. A maioria dos 88 países classificados como ‘reprimido’ ou ‘majoriatariamente livre’ no Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation são comunistas, ex-comunistas ou algum tipo de economia socialista. Eles também são as nações mais pobres do mundo”.

Reconhecendo essas tragédias e ideologias destrutivas, Trump declarou em sua proclamação para o Dia Mundial da Liberdade: “Enquanto vivemos em uma época de liberdade sem precedentes, o terrorismo e o extremismo em todo o mundo continuam a nos ameaçar. O definitivo triunfo da liberdade, da paz e da segurança sobre o totalitarismo repressivo depende da nossa capacidade de trabalhar lado a lado com nossos amigos e aliados. Quando as nações trabalham juntas, nós temos e nós asseguraremos e promoveremos a liberdade e a estabilidade em todo o mundo”.

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