Trump ordena que tropas dos EUA deixem a Somália em 2021

05/12/2020 00:33 Atualizado: 05/12/2020 00:33

Por Agência EFE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a retirada, no início de 2021, dos 700 militares americanos destacados na Somália, dos quais um pequeno contingente será realocado para países próximos, disse o Pentágono em um comunicado na sexta-feira (04).

Esse contingente será “reposicionado nos países vizinhos” para que Washington e seus aliados mantenham a capacidade de realizar operações militares transfronteiriças contra grupos violentos dentro da Somália, como o jihadista Al Shabab.

O Pentágono não revelou onde esses militares ficarão baseados, mas o “The Wall Street Journal” informou que Quênia e Djibuti podem ser os próximos destinos.

O objetivo, segundo o governo americano, é fazer com que “os Estados Unidos mantenham a capacidade de conduzir operações específicas de contraterrorismo na Somália e de compilar informações sobre ameaças potenciais” à sua própria segurança nacional.

O Pentágono não disse qual será o número exato de tropas deixando a Somália, nem quando isso acontecerá. Por sua vez, o “The New York Times” informou que a data prevista é 15 de janeiro, apenas cinco dias antes de o atual presidente, Donald Trump, completar seu mandato.

No comunicado, o Pentágono ressaltou que, apesar da saída das tropas, “os Estados Unidos não estão se retirando ou se desvinculando da África” e continuam “comprometidos com seus parceiros africanos”.

A missão dos soldados americanos na Somália, a maioria deles parte de unidades de operações especiais, é treinar as forças de segurança locais para combater o Al Shabab, uma organização afiliada desde 2012 à rede terrorista Al Qaeda.

Este grupo controla as áreas rurais no centro e sul do país africano e pretende estabelecer um estado islâmico de linha wahabita (ultraconservador) no país.

A decisão de Trump faz parte de sua política de tirar os EUA do que chama de “guerras eternas” e reduzir a presença militar do país no exterior, algo que ele já fez em Iraque, Afeganistão e Síria, entre outros países.

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