Por Agência EFE
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou neste domingo (3) que o interrogatório no Congresso de seu ex-advogado pessoal, Michael Cohen, pode ter contribuído para sua saída antecipada da cúpula de Hanói com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e culpou os democratas por isso.
“Os democratas entrevistaram em audiência aberta um mentiroso e fraudador condenado, ao mesmo tempo que acontecia a importantíssima cúpula nuclear com a Coreia do Norte. Talvez seja um novo ponto baixo na política norte-americana e pode ter contribuído com seu ‘andamento'”, disse Trump, em sua conta do Twitter.
Ele garantiu que isso nunca aconteceu com um presidente enquanto estava no exterior e classificou o caso como uma “vergonha!”
Cohen apareceu de terça a quinta-feira em três audiências perante comitês do Congresso, dois deles a portas fechadas e quarta-feira em público.
Durante essa audiência, Cohen disse que Trump sabia que um de seus colegas, Roger Stone, estava em contato com o WikiLeaks para publicar milhares de e-mails do Partido Democrata, que prejudicaram a campanha de sua rival nas eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton.
Cohen, que será preso em maio para cumprir uma sentença de três anos por vários crimes, como a violação das regras de financiamento da campanha eleitoral, também detalhou os supostos comentários racistas feitos por Donald Trump.
A aparição de Cohen na quarta-feira diante do Congresso coincidiu com o início de uma cúpula em Hanói, capital do Vietnã, entre Trump e Kim, que terminou abruptamente no dia seguinte com a saída do presidente norte-americano de forma antecipada pelas diferenças entre as duas partes sobre o processo de desnuclearização de Pyongyang e as sanções.