O presidente norte-americano Donald Trump criticou cinco altos funcionários do governo como “mentirosos e intriguistas” na manhã de segunda-feira, 5 de fevereiro, como parte de uma mensagem no Twitter destinada a um membro do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff (D-Calif.)
“O pequeno Adam Schiff, que está desesperado para concorrer a um cargo superior, é um dos maiores mentirosos e intriguistas em Washington, lado a lado com Comey, Warner, Brennan e Clapper”, escreveu o presidente Trump. “Adam deixa as audiências a portas fechadas do Comitê para vazar informações confidenciais de forma ilegal. Isso deve ser interrompido!”
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Adam Schiff foi uma das principais figuras que se opôs à divulgação pública nesta última semana de um memorando secreto que detalhou os abusos da Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA) por altos funcionários do Departamento Federal de Investigação (FBI) e do Departamento de Justiça (DOJ) durante a gestão Obama.
Os quatro outros funcionários mencionados na mensagem de Trump incluem três altos executivos de inteligência da era Obama, incluindo o ex-diretor do FBI, James Comey; o ex-diretor da CIA, John Brennan; e o ex-diretor de inteligência nacional, James Clapper. O quinto funcionário é o senador Mark Warner (D-Va.), membro do Comitê de Inteligência do Senado.
Em outra mensagem de acompanhamento no Twitter, Trump elogiou o autor do memorando desclassificado que retrata os abusos da FISA, Devin Nunes.
“O congressista Devin Nunes, um homem de tremenda coragem e determinação, pode algum dia ser reconhecido como um grande herói americano pelo que ele expôs e pelo que ele teve de suportar!” escreveu Trump.
Donald Trump Jr., o filho do presidente Trump, acusou alguns membros do Comitê de Inteligência da Câmara de vazarem seletivamente informações de sua entrevista confidencial. O advogado de Trump Jr. exigiu que os vazamentos fossem investigados numa carta ao presidente do Comitê.
Comey admitiu que ele vazou seus memorandos, um dos quais pelo menos era confidencial, para um amigo com a intenção de transmiti-los a determinados meios de comunicação. Comey também era o diretor do FBI quando ocorreram os abusos do sistema da FISA, detalhados no memorando de Nunes. Trump demitiu Comey em maio do ano passado.
A gestão Trump foi inundada com vazamentos seletivos durante os primeiros seis meses de sua presidência. De acordo com um relatório do Comitê de Segurança Interna do Senado, uma média de um vazamento por dia ocorreu entre a posse do presidente e 6 de julho do ano passado.
Os 125 vazamentos analisados pelo Comitê incluíam divulgações de informações “potencialmente prejudiciais para a segurança nacional” e informações confidenciais sobre adversários dos EUA ou possíveis planos militares contra eles, informou o Comitê.
Os vazamentos relacionados com a Rússia compunham mais da metade do total e incluíam “informações secretas, como interceptações da comunidade de inteligência, entrevistas e inteligência do FBI, intimações do grande júri e até o funcionamento de um tribunal secreto de vigilância”, de acordo com o relatório.
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