Trump enviará agentes federais e Guarda Nacional para conter atos em Kenosha

26/08/2020 21:56 Atualizado: 26/08/2020 21:56

Por EFE

Washington, 26 ago – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira que enviará agentes federais e a Guarda Nacional para Kenosha, no estado do Wisconsin, para sufocar os protestos raciais que, nas últimas horas, tiveram registros de duas mortes.

“Não toleraremos os saques, incêndios intencionais, a violência e a ilegalidade nas ruas dos Estados Unidos. Minha equipe acaba de falar por telefone com o governador Tony Evers, que aceitou a ajuda federal”, disse o chefe de governo.

Ao garantir que busca “restaurar a lei a ordem” em Kenosha, Trump garantiu que as autoridades de Portland também deveriam aceitar a oferta de suporte.

Hoje, o governador do Wisconsin autorizou o emprego da Guarda Nacional, um corpo militar da reserva, que deve ser ativado pelas autoridades estaduais como apoio às forças de segurança locais.

Na noite passada, pelo terceiro dia consecutivo, foram registrados protestos, que começaram no domingo, quando um policial disparou sete vezes nas costas de Jacob Blake, homem negro que corre o risco de ficar paraplégico.

Norman Johnson, chefe da polícia de Antioch, localidade situada a 20 quilômetros de Kenosha, anunciou nesta quarta-feira a detenção de um menor de idade que é considerado suspeito das duas mortes que foram registradas na véspera.

Ontem à noite, confrontos entre agentes de segurança e manifestantes aconteceram depois do toque de recolher estipulado pelas autoridades locais.

De acordo com reportagens da televisão local, policiais utilizaram um megafone para tentar dispersar um grupo de manifestantes que se reuniu em frente ao Tribunal do Condado de Kenosha e que participava de uma “assembleia ilegal”.

A polícia acabou jogando gás lacrimogêneo contra os manifestantes, enquanto dezenas de agentes foram vistos saindo do portão principal do tribunal para conter os manifestantes.

Manifestantes estão protestando contra o ataque sofrido por Jacob Blake, que continua internado em estado grave no Hospital Froedtert, em Milwaukee, após ser baleado várias vezes pela polícia em uma ação que foi gravada em vídeo e que causou comoção em todo o país.

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