Por Ivan Pentchoukov
O ex-presidente Donald Trump encontrou Kyle Rittenhouse no resort Mar-a-Lago, na Flórida, de acordo com uma foto divulgada pela porta-voz de Trump.
Rittenhouse foi absolvido de todas as acusações na semana passada em conexão com a morte em autodefesa de dois homens e o ferimento de outro durante um motim violento em Kenosha, em Wisconsin, no ano passado.
A porta-voz de Trump, Liz Harrington, divulgou uma foto do ex-presidente junto a Rittenhouse apontando o polegar para cima em frente às fotos da época de Trump como presidente.
“Ele é um jovem muito bom … acabou de sair de Mar-a-Lago há pouco tempo e nunca deveria ter passado por isso. Essa foi uma má conduta da promotoria, e agora com os democratas, isso está acontecendo em todo o Estados Unidos”, afirmou Trump à Fox News no dia 23 de novembro, um dia antes de Harrington postar a foto no Twitter.
“[Rittenhouse] não deveria ter passado por um julgamento por isso. Ele estaria morto se não puxasse o gatilho, aquele cara que colocou a arma em sua cabeça puxaria o gatilho em um quarto de segundo. Kyle estaria morto.”
Rittenhouse relatou ao “Tucker Carlson Tonight”, na segunda-feira, que ele foi “extremamente difamado” após o tiroteio. Rittenhouse acrescentou que ele precisa de uma equipe de segurança devido às constantes ameaças de morte.
“Eu era um jovem inocente de 17 anos que foi violentamente atacado e me defendi”, declarou Rittenhouse a Carlson. “Não acho que serei capaz de sair e conseguir um emprego sem ter que lidar com o assédio”.
Durante e após o julgamento, a desinformação sobre o que aconteceu na noite do tiroteio foi generalizada. As falsidades incluíam alegações de que Rittenhouse atirou em três homens negros, viajou através das fronteiras estaduais com uma arma e empunhou um rifle AK-47.
Em um vídeo divulgado durante sua campanha para presidente, Joe Biden chamou Rittenhouse de supremacista branco. Todos os homens que Rittenhouse atirou eram brancos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, não afirmou na quarta-feira se Biden planeja se desculpar pela declaração.
Rittenhouse afirmou esta semana que apontá-lo como supremacista branco foi um exemplo de “intenção criminosa real” e sugeriu que ele pode processar Biden por difamação.
Pouco após o veredicto, Biden declarou em um comunicado que reconhecia a decisão do júri e convocou as pessoas que não concordaram com a decisão a expressarem seus pontos de vista pacificamente. O veredicto como inocente na sexta-feira da semana passada foi seguido por um pequeno protesto no domingo.
Zachary Stieber contribuiu para esta reportagem.
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