Por Jasper Fakkert, Epoch Times
O presidente norte-americano Donald Trump respondeu em 18 de fevereiro às revelações de que nacionais russos usaram contas falsas de mídia social para provocar discórdia nos Estados Unidos.
Na sexta-feira, o escritório do conselheiro-especial Robert Mueller indiciou 13 cidadãos russos por usarem contas falsas de redes sociais para semear a discórdia nos Estados Unidos e prejudicar a confiança nos sistemas eleitorais.
Os cidadãos russos fizeram os preparativos para sua campanha a partir de 2014 e realizaram suas ações em 2016 e após a eleição presidencial nos EUA.
As ações dos russos concentraram-se principalmente na criação de páginas de mídia social que apoiavam certas questões sensíveis, como a imigração ou o movimento Black Lives Matter, e as utilizaram para criar divisões mais profundas na sociedade americana.
Leia também:
• Infográfico: O escândalo da Uranium One nos Estados Unidos
• Investigação do Epoch Times: Além do Memorando
• Casa Branca publica memorando que revela escandalosa espionagem do governo
• EUA: por que o memorando é tão significante
De acordo com o vice-procurador-geral Rod Rosenstein, os esforços russos não envolveram qualquer colusão com os americanos, nem alteraram o resultado da eleição presidencial de 2016.
No entanto, aumentaram as divisões partidárias nos Estados Unidos.
Os métodos refletem as estratégias de subversão da era soviética destinadas a desestabilizar as sociedades, colocando grupos opostos em conflitos e fazendo com que a população perca a fé nas suas instituições.
“Se o OBJETIVO da Rússia era criar discórdia, perturbação e caos dentro dos EUA, então, com todas as audiências do Comitê, investigações e ódio partidário, eles foram bem-sucedidos além dos seus sonhos mais extravagantes. Eles estão rindo descontroladamente em Moscou. Fique esperta, América!”, escreveu Trump no Twitter em 18 de fevereiro.
A narrativa não comprovada que Trump conluiou com o governo russo para vencer as eleições de 2016 dominou a cobertura de notícias no ano passado, de acordo com análises do Media Research Center.
Durante o período monitorado, entre 1º de junho e 31 de agosto de 2017, a narrativa de colusão da Rússia recebeu mais cobertura do que qualquer outro assunto relacionado ao presidente Trump.
Mas apesar de mais de um ano de investigações do Congresso, bem como investigações por agências de inteligência e da aplicação da lei, nenhuma evidência de colusão foi encontrada.
Em vez disso, o que foi revelado é que no cerne das alegações de que Trump conluiou com a Rússia está uma pesquisa da oposição que foi paga pela campanha presidencial de Hillary Clinton e pelo Comitê Nacional Democrata (DNC).
O chamado “dossiê Trump”, produzido pela Fusion GPS, foi ativamente espalhado entre políticos e jornalistas para promover oposição contra Trump.
O dossiê tornou-se público em janeiro de 2017, quando o BuzzFeed News publicou o dossiê de 35 páginas na sua totalidade.
Documentos de um tribunal no Reino Unido, onde Christopher Steele, o ex-espião britânico que foi encarregado pela Fusion GPS de redigir o dossiê, está sendo processado por difamação, revela que Steele fez pelo menos duas apresentações sobre o dossiê para membros seletivos da mídia.
Entre aqueles incluídos nas apresentações feitas por Steele, estavam jornalistas que trabalhavam para o New York Times, CNN, o Washington Post, The New Yorker e Yahoo! News.
Os documentos de tribunal arquivados pelo Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUA em novembro revelam que a Fusion GPS também fez uma série de pagamentos diretos para jornalistas que cobriam questões relacionadas à Rússia, embora não esteja claro se os pagamentos foram feitos em troca de artigos.
O memorando publicado pelo Comitê de Inteligência da Câmara no início deste mês mostrou que Steele e as reivindicações não verificadas contidas no dossiê Trump foram usadas pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e pelo Departamento de Justiça (DOJ) para obter um mandado de espionagem contra um voluntário da campanha de Trump, Carter Page. Esse mandado poderia ter sido usado para espionar vários outros membros da campanha de Trump.