Trump dá sua bênção para fim oficial da guerra entre Coreias

Presidente tem usado diferença marcante entre as duas Coreias como um exemplo do fracasso do Comunismo

18/04/2018 17:50 Atualizado: 18/04/2018 17:50

Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times

Visto como um grande acerto da política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recentemente vazou a notícia de que legisladores da Coreia do Sul e do Norte estariam negociando detalhes para anunciar o final oficial da guerra entre as Coreias, que abalou a região há décadas.

O jornal sul-coreano Munhwa Ilbo citou um representante anônimo da Coreia do Sul que informou que as negociações sobre o Tratado de Paz serão realizadas antes da cúpula Norte e Sul, prevista para a próxima semana entre o presidente sul-coreano Moon Jae-in e o ditador norte-coreano Kim Jong-un, informou a agência Bloomberg.

Moon já havia atribuído a Trump o grande avanço na melhoria das relações com a região norte.

Pyongyang e Seul estão discutindo os detalhes de uma declaração conjunta que será divulgada quando Kim e Moon se encontrarem. Isto pode incluir planos para devolver a zona desmilitarizada fortemente fortificada ao seu estado original.

Enquanto recebia o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe em Mar-a-Lago ontem (17), Trump enviou suas bênçãos para ambas as Coreias.

“Eles têm minha bênção para discutir o fim da guerra”, disse Trump. “As pessoas não percebem que a Guerra das Coreias não acabou. Ela está acontecendo agora; e eles estão discutindo o fim da guerra. De acordo com o Tratado, eles têm a minha bênção e têm a minha bênção para discutir isso.

Atualmente está vigente um tratado de não agressão, assinado em 27 de julho de 1953 entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.

Trump e Abe discutiram a campanha para manter pressão máxima sobre a Coreia do Norte antes da reunião planejada entre Trump e Kim. Vários testes de mísseis balísticos norte-coreanos salpicaram as águas próximas do Japão.

As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-1953 que terminou com uma trégua em vez de um Tratado de Paz. As tensões entre as duas nações muitas vezes se intensificaram, mas nunca se tornaram um conflito armado.

O governo dos Estados Unidos está organizando os detalhes de uma reunião entre Trump e Kim para o final de maio ou junho. Kim satisfez a exigência de Trump de colocar o tema da desnuclearização sobre a mesa durante as próximas negociações. O ditador comunista também concordou em parar os testes de armas nucleares e prometeu não atacar seu vizinho do sul antes das negociações. Enquanto isso, Trump ordenou que sanções estritas contra a Coreia do Norte continuem a ser aplicadas.

“Durante anos e através de muitas administrações, todos disseram que a paz e a desnuclearização da Península Coreana não era nem mesmo uma possibilidade pequena,” Trump escreveu no Twitter no fim de março. “Agora há uma boa chance de que Kim Jong-un faça a coisa certa para o seu povo e para a humanidade. Estamos à espera da nossa reunião!”

Trump enfrentou uma ameaça sinistra da Coreia do Norte logo após assumir o cargo. Kim acelerou o programa para desenvolver um míssil balístico capaz de atingir os Estados Unidos e provou o que Pyongyang disse sobre ser uma bomba de hidrogênio.

Trump respondeu liderando um esforço internacional para sancionar o regime comunista enquanto lançava ameaças firmes e exigia que a Coreia do Norte se comprometesse com a desnuclearização como uma premissa para qualquer conversa.

Trump é um adversário tenaz do Comunismo e tem usado a diferença marcante entre as duas Coreias como um exemplo do fracasso dessa ideologia. A grande maioria dos norte-coreanos hoje é indigente e a fome é generalizada. A Coreia do Sul se desenvolveu rapidamente nas décadas após o conflito armado e sua cultura e sucesso econômico são um fenômeno global.

“Esta realidade, este lugar maravilhoso, seu sucesso, são a maior causa de ansiedade, alarme e até mesmo pânico para o regime norte-coreano”, disse Trump durante um discurso feito na Coreia do Sul. “É por isso que o regime de Kim procura o conflito no exterior, para disfarçar o fracasso total que sofrem em seu país.”