Trump busca acordo comercial com Equador e oferece ajuda contra narcotráfico

12/02/2020 21:47 Atualizado: 12/02/2020 21:47

Por EFE

Washington, 12 fev – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que pretende selar um acordo comercial com o Equador e elogiou o chefe do governo do país, Lenin Moreno, além de ter oferecido ajuda na luta local contra o narcotráfico.

Em uma breve entrevista antes de uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com o próprio Moreno, primeiro presidente do Equador a visitar a sede do governo americano em 17 anos, Trump confirmou, em resposta a uma pergunta da Agência Efe, ter o interesse em fechar um pacto comercial com o país sul-americano.

“Sim, faremos. Eles têm produtos incríveis, os fabricam e produzem, e nós gostamos deles, então vamos fazer”, disse.

Ontem, a Casa Branca havia antecipado que Trump planejava tomar como modelo para qualquer acordo comercial com o Equador o recente pacto que os EUA firmaram com o México e o Canadá para substituir o antigo Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio).

“Seria interessante (ter um modelo parecido) em uma escala muito menor”. Estamos pensando nesse tipo de modelo, sim”, confirmou Trump, ao lado de Moreno, em entrevista após a visita que o presidente do Equador fez à Casa Branca.

Por sua vez, o político equatoriano ressaltou que os EUA “são o principal parceiro comercial” de seu país e que ambos os países compartilham valores democráticos fundamentais. Antes de viajar a Washington, Moreno afirmou à imprensa equatoriana que queria propor a Trump um acordo similar ao que o país andino tem com a União Europeia (UE).

Já Trump disse que também planejava “falar sobre a Venezuela” com Moreno, sem entrar em detalhes com os jornalistas presentes, e discutir questões relacionadas à segurança e ao tráfico de drogas.

“A verdade é que eles têm um problema com os narcotraficantes, e isso não é bom. Vamos trabalhar com eles para ajudá-los”, ressaltou.

Moreno, que falou em espanhol e se comunicou com Trump com a ajuda de um intérprete, disse que planejava debater questões “comuns” a ambos os países, “como a democracia, a luta contra o tráfico de drogas, a luta contra o crime organizado” e a importância de fortalecer o comércio e os investimentos.

A visita marcou um passo importante para o degelo das relações entre os dois países, que haviam congelado após a chegada de Rafael Correa ao poder no Equador, em 2007. Nos dois primeiros mandatos de Correa, Moreno era o vice-presidente.