Trump assinará decreto para proteger liberdade de expressão nas universidades (Vídeo)

04/03/2019 Mundo

Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times

O presidente Donald Trump disse em 2 de março que em breve assinará um decreto que exige que universidades e faculdades protejam a liberdade de expressão em seus centros, ou se arrisquem a perder fundos federais para pesquisa.

Trump fez o anúncio na Conferência Anual de Ação Política Conservadora (CPAC), depois de chamar ao palco Hayden Williams, um ativista conservador que levou um soco no rosto na Universidade da Califórnia, Berkeley, no mês passado, enquanto recrutava estudantes para o grupo conservador Turning Point USA.

“Hoje, tenho orgulho de anunciar que em breve assinarei um decreto que exige que as faculdades e universidades apóiem a liberdade de expressão se quiserem verbas federais para pesquisa”, disse Trump, provocando gritos e aplausos da audiência.

Se as universidades não o fizerem “(para eles) custará muito caro”, acrescentou o presidente.

O governo concede às universidades mais de 30 bilhões de dólares por ano em fundos de pesquisa. A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentários sobre os detalhes do decreto.

A Universidade da Califórnia disse que o agressor, Zachary Greenberg, de 28 anos, foi preso em 1º de março e libertado sob fiança, segundo a Campus Reform. A universidade divulgou um comunicado condenando o ataque logo após os vídeos do incidente aparecerem nas redes sociais.

A Turning Point USA é uma das maiores organizações estudantis conservadoras e opera em 1.400 campi universitários. O fundador e presidente do grupo, Charlie Kirk, falou na CPAC dois dias antes do presidente Trump.

As universidades norte-americanas são esmagadoramente liberais. Apenas 12% dos professores universitários se identificam como conservadores, em comparação com quase 60% daqueles que se identificam como esquerdistas ou de extrema-esquerda, de acordo com um estudo de 2013-2014 (pdf) da Universidade da Califórnia, Los Angeles.

Professores liberais dominam as faculdades da Ivy League. Uma pesquisa da faculdade de Harvard descobriu que mais de 83% dos professores universitários se identificam como liberais ou muito liberais, enquanto menos de 2% se identificam como conservadores ou muito conservadores.

A conformação liberal das escolas resultou em uma variedade de políticas e mecanismos que sufocam a liberdade de expressão, tais como “espaços seguros”, as políticas de “identidade de gênero” e os códigos de “discurso do ódio”.

“Nós rejeitamos os códigos do discurso opressivo, censura, o politicamente correto e qualquer outra tentativa dos esquerdistas de impedir as pessoas de desafiarem ideias ridículas e perigosas”, disse o presidente. “Em vez disso, acreditamos na liberdade de expressão nas universidades e também na internet.”

Se as universidades “querem nossos dólares — e nós lhes damos bilhões — elas têm que permitir que pessoas como Hayden e muitos outros jovens e velhos fabulosos falem. Liberdade de expressão”, disse Trump.

Funcionários da administração Trump sugeriram que os direitos dos palestrantes nos centros universitários foram espezinhados por estudantes que protestam, que consideram seus pontos de vista ofensivos e sugerem que os conservadores são injustamente atacados. Trump disse que Williams “recebeu um soco na cara desferido por todos nós”.

“É genial que me agradeçam, mas há tantos estudantes conservadores em todo o país que enfrentam assédio moral ou coisas piores ainda, quando ousam falar nas universidades”, disse Williams na CPAC enquanto Trump olhava para ele.

“Se esses progressistas socialistas se safarem, eles vão colocar nossa Constituição no triturador de papel em um piscar de olhos”, disse Williams.

O Departamento de Justiça apresentou uma declaração em 2018 em uma ação judicial sobre liberdade de expressão contra a Universidade da Califórnia, em Berkeley, que acusa o centro universitário de discriminar os palestrantes com visões conservadoras. Em um acordo, a escola concordou em mudar suas políticas e pagar US $ 70 mil para cobrir os custos legais dos republicanos do Berkeley College e da conservadora Young America’s Foundation.