O presidente estadunidense Donald Trump assinou na terça-feira a Lei de Autorização da Defesa Nacional, o projeto de lei referente às despesas anuais das forças de defesa dos Estados Unidos.
O projeto de lei inclui um aumento geral dos gastos militares e a aquisição de novos equipamentos de defesa. Entre as despesas orçadas estão os aviões de combate furtivos F-35 Joint Strike, veículos de combate terrestre e submarinos da classe Virgínia.
O documento aumentará o tamanho das Forças Armadas dos EUA pela primeira vez em sete anos. E também oferece aos membros do serviço militar o maior aumento salarial em oito anos, de acordo com a Casa Branca.
Desde que chegou ao cargo em janeiro, Trump implementou uma doutrina de “paz por meio da força”, na qual a prontidão militar e o poder são usados para desencorajar os conflitos armados.
“A história nos ensina que quando você enfraquece suas defesas, você convida a agressão. A melhor maneira de prevenir o conflito é estar preparado, realmente estar preparado. Somente quando o bem for forte, a paz prevalecerá”, disse Trump numa cerimônia de assinatura do projeto de lei.
O projeto marca o início do fim de uma série de cortes no orçamento militar nos últimos anos.
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Trump disse que esses cortes “afetaram severamente nossa prontidão, reduziram nossas capacidades e colocaram fardos substanciais sobre nossos guerreiros”.
O secretário da defesa James Mattis disse ao Congresso em junho que “nenhum inimigo no campo fez mais para prejudicar a prontidão de combate dos nossos militares do que a sequestração”. A sequestração refere-se aos cortes amplos e automáticos do orçamento sobre gastos discricionários, que incluem os gastos militares.
Trump instou o Congresso a financiar totalmente a medida e levantar os limites do orçamento.
A Lei de Autorização da Defesa Nacional estabelece a política para os militares dos EUA mas não fornece financiamento, que precisa ser aprovado com outra legislação.
Republicanos e democratas no Congresso estão atualmente negociando um projeto de lei de gastos. Trump assinou um projeto de lei de financiamento de duas semanas em 8 de dezembro, impedindo a paralisia do governo poucas horas antes do prazo.
A legislação de última hora garantirá o financiamento atual para as operações federais e manterá o governo funcional até 22 de dezembro, enquanto os legisladores continuam a negociar um acordo orçamentário de longo prazo.
Os democratas exigiram paridade nos gastos discricionários da defesa e não relacionados à defesa que ultrapassem os limites legais.
Além disso, eles estão pressionando por uma solução legislativa para o programa de Ação Deferida para Ingressos Infantis (DACA) antes do final do ano, um obstáculo significativo às negociações orçamentárias.
A Casa Branca, no entanto, quer manter as discussões sobre o DACA e a imigração fora do acordo orçamentário.
“Neste momento de graves ameaças globais, eu exorto aos democratas no Congresso que deixem suas ameaças de paralisia [do governo] e apresentem um financiamento e uma lei de financiamento limpos na minha mesa que financie totalmente nossos grandes militares”, disse Trump.
“Proteger o nosso país sempre deve ser uma questão bipartidária, como essa legislação hoje.”