O presidente estadunidense Donald Trump disse que as instituições americanas ficaram doentes por dentro e advertiu contra forças poderosas e pessoas “más e malévolas” em Washington que se beneficiam dessa situação há anos.
“Há muitos lobistas, burocratas e políticos em Washington que não querem ver as coisas mudarem, eles fizeram uma fortuna”, disse Trump num discurso em Pensacola, Flórida, em 8 de dezembro.
Embora não tenha nomeado ninguém, Trump disse que as pessoas em questão gostavam das coisas do jeito que costumavam ser. “Eles gostam das coisas do jeito que costumavam ser, eles não estão muito satisfeitos agora”, disse ele.
Desde o começo de seu governo em janeiro, Trump tem feito um grande esforço para reinstituir o estado de direito, proteger a soberania dos Estados Unidos, alinhar o governo com os poderes concedidos na Constituição e devolver o poder aos cidadãos.
“Eles se chamam de resistência… E estão resistindo à vontade do povo americano. É isso que eles estão resistindo”, disse Trump.
Trump descreveu isso como um “sistema sabotado” que está “doente por dentro”.
“Vocês sabem que não existe um país como o nosso. Mas temos muita enfermidade em algumas de nossas instituições. Estamos trabalhando intensamente e conseguimos que muitas delas melhorassem”, disse Trump.
“A única coisa que eles realmente se importam é com proteger o que eles conseguiram fazer, que de fato é controlar o país. E não é para o benefício de vocês.”
Em seu discurso, Trump também fez referência à existência de um “Estado paralelo”.
O chamado Estado paralelo refere-se à burocracia de funcionários permanentes e não eleitos em agências em todo o governo dos EUA.
Diana West, jornalista e autora do livro “American Betrayal: The Secret Assault on Our Nation’s Character“, disse durante uma mesa redonda em 15 de setembro que as posições de Trump sobre imigração, comércio e tarifas nacionais, islamismo radical e restauração da soberania americana, bem como sua tentativa de acabar com as guerras não travadas pelos interesses fundamentais americanos, são o que tem irritado o Estado paralelo.
“[O Estado paralelo] é intervencionista. Ele favorece a imigração em massa e inclusive as fronteiras abertas. Ele apoia o livre-comércio”, disse ela, acrescentando que também parece apoiar o islamismo radical e político.
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Suas políticas, disse ela, “estão criando os alicerces de um ‘paraíso’ socialista”. “Membros dessa estrutura permanente parecem existir não apenas entre os democratas, mas também entre os republicanos”, disse ela.
“Durante a minha cobertura de campanha, consegui encontrar semelhanças impressionantes entre as crenças dos republicanos anti-Trump e os programas estabelecidos num livro de 1932 intitulado ‘Toward Soviet America’”, disse ela, referindo-se ao livro de William Z. Foster, que foi presidente do Partido Comunista dos EUA (CPUSA). Acredita-se que o CPUSA tenha operado sob os auspícios da União Soviética.
Trump disse que aqueles que se opõem à sua agenda são as mesmas pessoas que sacrificaram a soberania, a riqueza e as fronteiras dos Estados Unidos, bem como são os responsáveis pelas guerras no Oriente Médio que custaram ao país sete trilhões de dólares.
“Eles tiveram a chance de administrar este país, e falharam”, disse Trump.
Trump foi tão longe quanto usar a palavra ‘malévolas’ para descrever algumas das pessoas em questão.
“Há forças poderosas em Washington tentando sabotar nosso movimento. Estas são pessoas más, são pessoas muito, muito más e malévolas”, disse Trump.
“Estas são as pessoas que ganharam dinheiro e que fizeram seus nomes, suas carreiras e seu poder aproveitando-se de um sistema corrupto e quebrado. E elas preferem que as coisas fiquem desta forma. Então, elas farão qualquer coisa e a qualquer momento, e nunca pararão”, afirmou ele.
Trump disse que as pessoas más estão agora sendo obstruídas por sua administração.
“Enquanto tivermos a coragem de nossas convicções e a força para implementá-las, então não há objetivo além do nosso alcance. Enquanto permanecermos firmes em nossos valores, leais aos nossos cidadãos e fiéis ao nosso Deus, não falharemos”, disse Trump.
Contribuiu: Joshua Philipp