As tropas do Exército de Israel entraram em confronto nesta quarta-feira com terroristas do grupo islâmico Hamas do lado de fora do hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, dentro do qual soldados israelenses realizam uma “operação seletiva”.
Antes de entrar no hospital, as tropas “encontraram artefatos explosivos e células terroristas, e começou um confronto em que morreram terroristas”, informou o Exército israelense, sem especificar o número de mortos, embora a imprensa local afirme que foram cinco.
Daniel Hagari, porta-voz do Exército israelense, disse em mensagem de vídeo que “as tropas terrestres estão realizando uma operação precisa e seletiva contra o Hamas em uma área específica do hospital Al Shifa” com o objetivo de “derrotar o Hamas e resgatar os reféns”.
Até o momento, não foi informado que tenha sido encontrado qualquer vestígio de algum dos 239 reféns.
Israel assegura que o Hamas tem o seu principal centro de comando em uma área – possivelmente subterrânea – do hospital Al Shifa, o que é negado pelo grupo terrorista islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
“O endosso da Casa Branca e do Pentágono à narrativa infundada da ocupação, alegando que a resistência está usando o complexo médico de Al Shifa para fins militares, deu efetivamente sinal verde à ocupação para realizar novos massacres contra civis”, declarou o Hamas em comunicado.
O Exército israelense afirma que já havia dado 12 horas aos terroristas palestinos para cessar todas as atividades militares dentro do hospital e pedido a “todos os terroristas do Hamas presentes no hospital que se rendessem”.
O hospital Al Shifa, o mais importante da Faixa, está sem eletricidade, água potável e alimentos há vários dias e abriga cerca de 9.000 pessoas, incluindo deslocados, pessoal médico e pacientes, entre eles mais de 30 bebês prematuros cuja vida está em perigo.
As tropas israelenses destacadas para o local “incluem equipes médicas de língua árabe, que receberam treinamento específico para se prepararem para este ambiente complexo e sensível, com a intenção de que nenhum dano seja causado aos civis que o Hamas usa como escudos humanos”, detalhou Hagari.
Nesse sentido, o Exército israelense indicou nesta manhã que levou “incubadoras, alimentos para bebês e material médico” para Al Shifa, e que as suas tropas “facilitaram evacuações em grande escala do hospital”.
Segundo o Exército israelense, suas tropas foram atacadas por “um esquadrão terrorista escondido entre um grupo de civis na entrada do hospital”, ao que responderam com fogo e mataram 21 palestinos.
Na segunda-feira, as Forças Armadas de Israel garantiram que foi encontrado um arsenal do Hamas no sótão do hospital infantil Rantisi, também na Cidade de Gaza, e que há provas de que o grupo islâmico utilizou o local para esconder terroristas que realizaram o ataque de outubro e manter alguns dos reféns israelenses.
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após um ataque massivo do Hamas, que incluiu o lançamento de milhares de foguetes e a infiltração no território israelense de cerca de 3.000 milicianos que massacraram cerca de 1.200 pessoas e raptaram outras 240.
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