Tropas dos EUA deixam Ucrânia em meio a escalada de tensão com a Rússia, Pentágono confirma

Medida foi ordenada para proteção e segurança do pessoal dos EUA

14/02/2022 14:54 Atualizado: 14/02/2022 14:54

Por Allen Zhong 

O Departamento de Defesa confirmou no sábado que algumas tropas estão deixando a Ucrânia.

“O secretário de Defesa ordenou o reposicionamento temporário das tropas da Guarda Nacional da Flórida fora da Ucrânia”, afirmou o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, em uma postagem no Twitter.

A medida foi ordenada para proteger a segurança do pessoal dos EUA, mas os Estados Unidos ainda estão “comprometidos com nosso relacionamento com as forças armadas ucranianas”, elaborou.

Não está claro quantos militares estão sendo realocados. Alguns meios de comunicação informaram que 160 membros da Guarda Nacional da Flórida estão se retirando da Ucrânia. O Epoch Times não pode verificar o número de forma independente.

O Epoch Times entrou em contato com o Pentágono para comentários.

O Pentágono está movendo mais tropas para a Europa Oriental para lidar com a potencial invasão da Ucrânia pela Rússia– a qual o Pentágono afirmou que pode acontecer em dias.

Cerca de 1.700 paraquedistas da 82ª Divisão Aerotransportada estão chegando à Polônia, informou o Exército dos EUA na Europa e na África, na sexta-feira.

“A convite de nossos aliados poloneses, aproximadamente 1.700 soldados da divisão continuam a chegar à Polônia após um anúncio do Departamento de Defesa no início deste mês orientando o envio de soldados dos EUA para a Europa”, afirmou o comando do Exército em comunicado. “A unidade está se mobilizando para aumentar nossa prontidão, fortalecer nossa resiliência e, se necessário, defender e proteger a Aliança da OTAN”.

Um alto funcionário do governo também confirmou no sábado que mais 3.000 forças dos EUA foram enviadas à Polônia.

Não está claro se os 1.700 paraquedistas militares fazem parte da implantação.

Além dos paraquedistas, o Departamento de Defesa também anunciou que um esquadrão do 2º Regimento de Cavalaria, sob o comando e controle do V Corps, será enviado de Vilseck, na Alemanha, para a Romênia.

Não está claro quantos soldados o esquadrão possui. O 2º Regimento de Cavalaria conta com 5.000 soldados dragões no total, em sete esquadrões subordinados.

O esquadrão se juntará aos 900 soldados norte-americanos que já estão lá em uma rotação regular do Atlantic Resolve.

O Departamento de Estado ordenou a evacuação da maioria dos funcionários contratados diretamente dos EUA da Embaixada dos EUA em Kiev e instou os americanos na Ucrânia a saírem imediatamente no sábado, à medida que a tensão na fronteira Rússia-Ucrânia aumentava.

Grupos de batalha da OTAN da Estônia e do Reino Unido durante treinamento militar na Área Central de Treinamento em Lasna, na Estônia, no dia 8 de fevereiro de 2022 (Paulius Peleckis/Getty Images)
Grupos de batalha da OTAN da Estônia e do Reino Unido durante treinamento militar na Área Central de Treinamento em Lasna, na Estônia, no dia 8 de fevereiro de 2022 (Paulius Peleckis/Getty Images)

A Rússia acumulou dezenas de milhares de tropas e artilharia ao longo de sua fronteira com a Ucrânia nos últimos meses.

A Casa Branca reiterou que uma invasão russa da Ucrânia é iminente.

No entanto, a Rússia negou quaisquer planos de atacar a Ucrânia e requisitou aos Estados Unidos e seus aliados um compromisso vinculante de que não aceitarão a Ucrânia na OTAN.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pressionou pela admissão de seu país na aliança militar.

O Kremlin também pediu aos Estados Unidos e seus aliados que prometam não enviar armas ofensivas e para que recuem os desdobramentos da OTAN na Europa Oriental.

Washington e a OTAN rejeitaram essas exigências.

“Do nosso ponto de vista. Não posso ser mais claro – a porta da OTAN está aberta, permanece aberta, e esse é o nosso compromisso”, afirmou o secretário de Estado Antony Blinken no final de janeiro, embora tenha renovado uma oferta de medidas “recíprocas” para lidar com as preocupações mútuas de segurança entre a Rússia e a OTAN, incluindo reduções de mísseis na Europa.

Tom Ozimek contribuiu para esta reportagem.

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