Por EFE
Nova Iorque, 8 abr – Efraín Antonio Campo Flores e seu primo Franqui Francisco Flores de Freitas, familiares do presidente venezuelano Nicolás Maduro, devem permanecer na prisão para cumprir a pena de 18 anos de prisão por tráfico de drogas, determinou um tribunal federal de apelação.
Os dois foram julgados juntos no tribunal federal do Distrito Sul de Nova York, em Manhattan. Em 15 de dezembro de 2017, o juiz Paul Crotty emitiu a sentença de 18 anos de detenção ao considerá-los culpados de tentativa de transportar 800 quilos de cocaína para os Estados Unidos.
A sentença foi alvo de recurso pedido pelos réus, sobrinhos da primeira dama venezuelana, Cilia Flores, em um tribunal de recurso composto por três juízes. No entanto, o trio confirmou a condenação de Crotty após uma audiência no mês passado, de acordo com documentos tornados públicos na última segunda-feira.
Os parentes de Maduro, detidos no Haiti em 10 de novembro de 2015 por agentes da Drug Enforcement Administration (DEA) e imediatamente extraditados para os EUA, cumprem pena em uma prisão da Flórida. O estado foi um pedido da defesa por ser um destino mais próximo e mais barato do que Nova York para as suas famílias, o que foi levado em consideração pelos juízes.
No último dia 26, o governo americano acusou o presidente venezuelano de tráfico internacional de drogas e ofereceu uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à sua captura. Ele é acusado de liderar um cartel formado por funcionários chavistas que, segundo os EUA, permitiu que a Venezuela fosse utilizada como porto seguro para levar drogas para o país.