Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Três cidadãos americanos estão entre as cinco pessoas detidas pelas autoridades venezuelanas por sua suposta conexão com um plano terrorista para desestabilizar o país, anunciou o ministro do Interior da Venezuela na quinta-feira.
Na televisão estatal, o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, identificou os cidadãos norte-americanos como David Guttenberg Guillaume, Gregory David Werber e Jonathan Pagan Gonzalez.
Cabello não declarou quando os cinco indivíduos foram detidos ou quais acusações eles enfrentavam, mas disse que Gonzalez foi capturado no estado fronteiriço de Zulia.
Um cidadão peruano e um boliviano também estavam entre os detidos junto com os três americanos, disse ele.
Todos os indivíduos falam espanhol “perfeitamente” e viajaram para o país sul-americano com o pretexto de passar férias ou visitar um parceiro romântico, disse o ministro do Interior.
“Os estrangeiros detidos falam espanhol perfeitamente, um requisito necessário para que eles se envolvam nas comunidades”, afirmou Cabello.
Cabello não forneceu nenhuma prova que ligasse os indivíduos detidos a supostas atividades terroristas no país.
Em vez disso, ele repetiu alegações anteriores de que entidades dos EUA, como a CIA, estavam por trás da suposta conspiração terrorista — uma alegação que foi repetidamente refutada pelo Departamento de Estado dos EUA.
Resultados das eleições sob escrutínio
As detenções ocorrem após uma repressão ao que o governo venezuelano descreveu como “atividades antigovernamentais” após a altamente contestada eleição presidencial de julho, na qual o presidente Nicolas Maduro garantiu um terceiro mandato.
Os resultados das eleições provocaram protestos em todo o país e foram e foram fortemente examinados pelos Estados Unidos e seus aliados, incluindo Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido.
As últimas prisões elevam o número de estrangeiros detidos na Venezuela para pelo menos 12, depois que três americanos, dois espanhois e um cidadão tcheco foram presos no mês passado.
Uma das pessoas detidas foi posteriormente identificado como Wilbert Joseph Castañeda Gomez, que Cabello descreveu como um SEAL da Marinha que havia servido no Iraque, no Afeganistão e na Colômbia.
Também em setembro um quarto cidadão americano foi preso por supostamente tirar fotos de instalações elétricas e petrolíferas e unidades militares.
As autoridades acusaram esses indivíduos de viajar ao país para assassinar Maduro, derrubar o governo venezuelano e matar vários membros de sua liderança.
Em setembro, os Estados Unidos impuseram sanções a 16 pessoas ligadas a Maduro, a quem o governo Biden acusou de obstruir a votação durante a eleição presidencial de julho e de cometer abusos contra os direitos humanos.
O governo Maduro já usou americanos presos na Venezuela para obter concessões do governo dos EUA.
Em um acordo com o governo Biden em dezembro do ano passado, o governo venezuelano entregou 10 americanos e um fugitivo procurado pelo governo dos EUA para garantir um perdão presidencial ao empresário colombiano Alex Saab, um aliado próximo de Maduro acusado de um esquema de lavagem de dinheiro de US$350 milhões.
O Epoch Times entrou em contato com o Departamento de Estado para comentar, mas não recebeu resposta até o momento.
Aldgra Fredly, Associated Press e Reuters contribuíram para esta notícia.