O acordo de trégua de quatro dias e troca de reféns por prisioneiros entre Israel e Hamas, iniciado na sexta-feira e que expirava nesta segunda-feira, será prorrogado por mais dois dias, segundo anunciaram o grupo terrorista palestino e o governo do Catar.
“O Movimento de Resistência Islâmica Hamas anuncia que foi acordado com os irmãos no Catar e no Egito prolongar a trégua humanitária temporária por mais dois dias, nas mesmas condições da trégua anterior”, informou o grupo em um comunicado divulgado no Telegram.
Por sua vez, o porta-voz do Departamento de Relações Exteriores catari, Majed al Ansari, escreveu em sua conta na rede social X que “o Estado do Catar anuncia que, como parte da mediação em curso, se chegou a um acordo para estender a trégua humanitária por mais dois dias na Faixa de Gaza”.
Em declarações à agência de notícias estatal catari QNA, antes do anúncio da extensão da trégua, Al Ansari expressou o desejo do Catar de que esta sirva para “alcançar um cessar-fogo permanente na Faixa e evitar o derramamento de sangue de civis”.
Até agora, o governo israelense não se pronunciou sobre a prorrogação da trégua.
Este anúncio acontece pouco antes do final do acordo, que entrou em vigor na última sexta-feira às 7h (hora local, 2h de Brasília) e estava previsto para se prolongar por quatro dias.
Para além de alguns pequenos inconvenientes, ambos os lados respeitaram o pacto, que resultou na libertação de 58 reféns mantidos em cativeiro em Gaza e de 117 prisioneiros palestinos em prisões israelenses.
A quarta troca está marcada para esta segunda-feira e Israel já anunciou que recebeu uma lista dos reféns que serão libertados hoje.
Entre as 58 pessoas sequestradas e libertadas pelo Hamas desde sexta-feira estão 19 estrangeiros que não fazem parte do pacto.
O acordo entre Israel e o grupo terrorista islâmico foi possível graças à mediação de Catar, Egito e Estados Unidos e previa a libertação de 50 reféns israelenses em troca de 150 prisioneiros palestinos, todos menores ou mulheres.
Além disso, incluía a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e uma cláusula pela qual o pacto poderia ser prorrogado por até dez dias se o Hamas concordasse em entregar pelo menos mais dez reféns por cada dia adicional.
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, na sequência de um ataque do grupo terrorista islâmico que incluiu o lançamento de mais de 4.000 foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 terroristas, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelenses próximas à Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 14.800 pessoas já morreram, mas sem a possibilidade de verificar a veracidade dos fatos devido às autoridades palestinas estarem sob o controle do Hamas.
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