O governo da Suíça, país tradicionalmente neutro em conflitos internacionais, adotará novas sanções contra a Rússia a partir desta quarta-feira em linha com o 11º pacote de medidas aprovado pela União Europeia (UE) em junho, segundo anunciou hoje em comunicado oficial.
Entre as restrições adicionais, está a proibição de exportar bens de dupla utilização e bens que possam contribuir para o reforço militar e tecnológico da Rússia para um total de 87 novas empresas, incluindo as de países terceiros que têm abastecido a Rússia com materiais deste tipo.
Componentes eletrônicos e precursores de armas químicas também foram adicionados à lista de bens sujeitos à proibição de exportação para a Rússia.
A proibição do trânsito para a Rússia de jatos de combustível, aditivos de combustível e todas as mercadorias adequadas para uso na indústria aeroespacial é outra das novidades anunciadas pela Suíça.
Já no setor financeiro, foi ampliada a proibição de venda de títulos denominados em francos suíços ou na moeda oficial de um Estado-membro da UE a cidadãos russos ou a entidades estabelecidas na Rússia.
Desta forma, a partir de hoje, fica proibida a venda de valores a cidadãos russos ou a entidades estabelecidas na Rússia, independentemente da moeda em que sejam denominados.
O principal objetivo destas medidas é reduzir o risco de evasão de sanções em e através de países terceiros, para os quais a União Europeia criou uma base legal que impede a evasão das medidas restritivas vigentes.
O governo suíço indicou que está “determinado a lutar firmemente” contra a evasão de sanções e que estudará a possibilidade de implementar esta nova base legal caso a UE decida aplicá-la.
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