Trabalhadores na Venezuela pedem salários dignos e vacinação contra covid-19

03/05/2021 01:12 Atualizado: 03/05/2021 01:12

Por Agência EFE

Trabalhadores de diversas associações na Venezuela exigiram neste sábado, Dia do Trabalho, salários “dignos” e vacinação em massa contra a covid-19 em meio à “crise humanitária” e à pandemia, que, segundo números oficiais, já provocou 197.683 casos e 2.136 mortes no país.

Em vários estados, entre eles Distrito Capital, Miranda (centro), Lara (oeste), Táchira (oeste) e Zulia (noroeste), dezenas de trabalhadores, acompanhados de organizações civis e políticos da oposição, se reuniram para manifestar repúdio em relação às atuais condições de trabalho, as quais consideram insuficientes para garantir qualidade de vida.

Na Venezuela, o salário mínimo atual é de US$ 0,63 (cerca de US$ 3,40), segundo a tabela oficial.

Os trabalhadores protestaram com cartazes que exigiam “salários dignos”, “reivindicações trabalhistas” e “vacinas para todos”, e expressaram “repúdio à repressão” do governo do presidente Nicolás Maduro, denunciaram.

Em Caracas, profissionais da saúde e professores se concentraram em frente à sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e insistiram no pedido de imunização contra a covid-19, após denúncias de que muitos trabalhadores da saúde ainda não foram vacinados, embora o país tenha recebido 880 mil doses.

O protesto também enfatizou a necessidade de vacinação para grupos prioritários e sem discriminação, criticando o fato de políticos já terem sido imunizados.

Diversos sindicatos também solicitaram a “recuperação do aparelho produtivo nacional” e a “suspensão imediata dos processos judiciais contrários à liberdade sindical de trabalhadores e dirigentes sindicais detidos indevidamente”.

Na mesma reivindicação, exigiram “o fim imediato do clima de assédio, violência, ameaças, estigmatização e intimidação contra as organizações sindicais, os seus líderes, dirigentes e trabalhadores filiados”.

Da mesma forma, os sindicatos criticaram as medidas tomadas pelo governo em matéria econômica, argumentando que apenas resultaram em mais desemprego, inflação e precariedade dos serviços públicos.