As autoridades da Colômbia apreenderam 5,6 toneladas de cocaína que o Clã do Golfo, a principal quadrilha criminosa de origem paramilitar do país, havia escondido em instalações subterrâneas na cidade de Necoclí, no departamento de Antioquia (noroeste), segundo fontes oficiais.
“Ontem à tarde, em Necoclí, Antioquia, a polícia e as forças militares colombianas apreenderam 5,6 toneladas de cocaína pertencentes ao Clã do Golfo”, disse o ministro da Defesa, Iván Velásquez, na rede social X (ex-Twitter).
O estoque, o maior apreendido nos últimos anos, estava pronto para ser enviado ao exterior.
O local era controlado pelos homens de Jobanis de Jesús Ávila, vulgo ‘Chiquito Malo’, chefe do Clã do Golfo, que assumiu o comando do grupo criminoso após a extradição, em maio de 2022, de Dairo Antonio Úsuga, vulgo “Otoniel”, para os Estados Unidos, onde foi condenado a mais de 45 anos de prisão por tráfico de drogas.
Durante a operação, realizada no domingo em Necoclí por comandos de elite da polícia e do Exército, foi capturado um homem que supostamente era o responsável pelos sistemas de segurança do esconderijo subterrâneo.
O local era equipado com tecnologia moderna que permitia a circulação de ar fresco para evitar que a cocaína fosse afetada pela umidade típica da região de Urabá, na fronteira com o Panamá.
O Clã do Golfo é considerado o maior grupo traficante de cocaína produzida na Colômbia e destinada aos cartéis mexicanos que a contrabandeiam principalmente para os EUA.
Além de ‘Chiquito Malo’, José Gonzalo Sánchez, vulgo “Gonzalito”, e Orosman Ostén Blanco, vulgo “Rodrigo Flechas”, também fazem parte do comando do grupo criminoso, de acordo com informações do centro de pesquisa de crime organizado InSight Crime.
Estima-se que o Clã do Golfo seja formado por 8.000 a 9.000 pessoas, com presença em 14 dos 32 departamentos da Colômbia, onde está envolvido principalmente com tráfico de drogas, extorsão, mineração ilegal e contrabando de migrantes.