O presidente do Cazaquistão, Kassim-Jomart Tokayev, pediu aos membros da pós-soviética Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) que busquem em conjunto uma solução pacífica para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
“No que diz respeito à Ucrânia, acredito que chegou a hora de buscar coletiva e conjuntamente uma fórmula de paz. Qualquer guerra termina com negociações de paz”, disse Tokayev durante a cúpula da OTSC em Yerevan, capital da Armênia.
Tokayev salientou a necessidade de “aproveitar qualquer oportunidade para conseguir, mesmo que seja, uma trégua”, segundo informou a presidência cazaque.
“A rodada de negociações de Istambul deu esperança para isso, mas o acordo não prosperou por diferentes razões”, declarou, em referência aos acordos alcançados entre as delegações russa e ucraniana com mediação turca no início dos combates na Ucrânia.
“Não se pode permitir que os fraternos povos russo e ucraniano se separem por dezenas, centenas de anos cada um em seu caminho com suas feridas não cicatrizadas”, opinou Tokayev.
O Cazaquistão nunca reconheceu a anexação da península ucraniana da Crimeia, enquanto Tokayev, reeleito no domingo, rejeitou a possibilidade de reconhecer a anexação de quatro regiões ucranianas anexadas pela Rússia em setembro.
A OTSC, braço armado da comunidade pós-soviética, inclui Armênia, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão, que concordaram hoje em fornecer armas modernas às forças de paz do grupo.
Em sentido oposto, o líder autoritário bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, garantiu hoje que o futuro do bloco depende da vitória da Rússia na Ucrânia.
“Se (a Rússia) vencer, então a OTSC viverá. Se não vencer, não existirá. Sinto que chegamos à conclusão de que se, Deus me livre, a Rússia se desintegrar, nosso lugar será nos escombros”, afirmou Lukashenko, acusado por Kiev e pelo Ocidente de cumplicidade na invasão da Ucrânia.
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