‘Timochenko’ é escolhido “presidente” do partido político das Farc

07/09/2017 10:36 Atualizado: 15/09/2017 19:12

Rodrigo Londoño Echeverri, também conhecido como ‘Timochenko’, líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi escolhido nesta terça-feira (5) para ser o “presidente” do partido político ‘Fuerza Alternativa Revolucionaria del Común’, que surgiu após a suposta desmobilização da organização terrorista, informou a Agência EFE.

“No primeiro plenário do Conselho Nacional dos Comuns composto por 111 membros, me escolheram como presidente do Partido das Farc”, escreveu Londoño no Twitter.

Em 1º de setembro, o movimento indicou que a liderança do partido político será composta por 111 membros, incluindo várias mulheres.

“Haverá um bom número de mulheres, etnias e todas as expressões do novo movimento. Nosso partido é democrático, queremos ser um exemplo da democracia que a Colômbia precisa”, disse Jorge Torres Victoria, codinome ‘Pablo Catatumbo’.

O líder da guerrilha anunciou na sexta-feira passada, em uma coletiva de imprensa, as conclusões do congresso das Farc realizado na semana passada e que formalizou sua transmutação em um partido político.

“O primeiro plenário do Conselho Nacional dos Comuns foi realizado nos dias 2 e 3 de setembro e nomeou um Conselho Político Nacional de 15 membros”, disse ‘Timochenko’.

Além de Londoño Echeverri, fazem parte do conselho Luciano Marín Arango, codinome ‘Iván Márquez’, como assessor político, e Jorge Torres Victoria (‘Pablo Catatumbo’), como conselheiro organizacional, entre outros.

Nesta segunda-feira (4), ‘Timochenko’ usou a mesma rede social para informar que estava retornando para Havana para continuar com o tratamento médico a que vem se submetendo desde julho passado.

“Mais uma vez me dirijo a Havana para terminar meu tratamento médico, após isso contribuirei com o partido em tudo o que for necessário”, afirmou.

O chefe das Farc foi internado no dia 2 de julho numa clínica na cidade de Villavicencio, no centro da Colômbia, após sofrer isquemia cerebral transitória.

Posteriormente, o próprio ‘Timochenko’ confirmou que havia chegado a Cuba, país que ele definiu como sua “segunda casa”, para receber atendimento médico.

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