O grupo terrorista islâmico Hamas voltou a elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo seu posicionamento contra Israel.
Em entrevista ao Metrópoles, Muslim Imran, um porta-voz do grupo terrorista, descreveu as ações de Israel na Faixa de Gaza como “crimes de guerra”.
“O presidente Lula já condenou publicamente os crimes de guerra de Israel. O seu governo ainda se alinhou a instituições internacionais, como a Corte Internacional de Justiça, que apela pelo fim do genocídio israelita em curso em Gaza”, afirmou Muslim Imran.
Apesar de ter sofrido críticas por suas repetidas declarações anti-Israel, chegando inclusive a ser declarado persona non grata pelo governo israelense, Lula continua a subir o tom contra Israel. Recentemente, o petista afirmou que Benjamin Netanyahu “continua matando mulheres e crianças” na Faixa de Gaza.
Esta não é a primeira vez que os terroristas elogiam o presidente brasileiro. Quando Lula comparou as ações de Israel em Gaza ao Holocausto nazista, o Hamas apoiou publicamente suas declarações.
“Acredito que o discurso do presidente [Lula] é poderoso e influente em falar do fato de que Israel é um Estado que comete crimes de genocídio”, disse um porta-voz do grupo na época. “Nós apreciamos muito a declaração.”
No dia 29 de maio, Lula removeu de Israel o embaixador Frederico Meyer, que ocupava o principal posto da representação brasileira em Tel Aviv. Meyer foi transferido para o cargo de representante do Brasil na Conferência do Desarmamento, em Genebra, órgão da ONU.
“Isso envia uma mensagem contundente sobre o nível de prioridade que o governo Lula atribui ao relacionamento com o governo israelense atual. Embora não rompa completamente os laços diplomáticos, esta medida destaca a insatisfação do Brasil com as políticas de Israel”, comentou o pesquisador do Observatório de Política Externa Brasileira (OPEB) da Universidade Federal do ABC, Bruno Fabricio Alcebino da Silva.
Nos ataques de 7 de outubro de 2023, o Hamas assassinou mais de 1.200 pessoas em Israel, utilizando métodos de tortura, estupros e extrema crueldade contra as vítimas. Uma equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que atos de violência sexual, incluindo estupro e estupro coletivo, foram cometidos durante os ataques dos terroristas.
Segundo a emissora i24News, militares israelenses encontraram cerca de 40 bebês e crianças mortos na comunidade de Kfar Aza após a ação criminosa do dia 7 de outubro.
“Não é uma guerra, não é um campo de batalha. Você vê os bebês, a mãe, o pai, em seus quartos, em suas salas de proteção e como os terroristas os mataram. É um massacre”, disse o major-general Itai Veruv aos jornalistas, que visitaram a comunidade na ocasião.