Terrorista do Hamas em ataque de 7 de outubro trabalhou para agência de assistência da ONU, diz Israel

Por Dan M. Berger
28/10/2024 12:07 Atualizado: 28/10/2024 12:07
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

O exército de Israel informou que um comandante do Hamas, morto nesta semana em operação conjunta com a força aérea e a agência de contraterrorismo Shin Bet, estava na folha de pagamento da ONU enquanto liderava parte do massacre de 7 de outubro do ano passado.

Mohammad Abu Itiwi, comandante das forças especiais do Hamas, Nukhba, liderou o ataque ao abrigo antiaéreo do Kibutz Re’im, perto da fronteira com Gaza, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), contra-almirante Daniel Hagari, na última quinta-feira. No local, muitas das pessoas que estavam no festival de música Nova, e fugiram ao início do ataque, haviam se abrigado.

“Do abrigo antiaéreo à beira da estrada, Hersh Goldberg-Polin, Alon Ohel, Or Levi e Eliya Cohen foram levados como reféns para Gaza, e muitos outros foram assassinados”, disse Hagari. Os participantes do festival Nova representaram o maior grupo de vítimas no dia 7 de outubro, com pelo menos 364 mortos de um total de 1.200 pessoas assassinadas por cerca de 3.000 terroristas do Hamas.

UNRWA, a agência de assistência da ONU para refugiados palestinos, empregava Itiwi desde julho de 2022, segundo Hagari, que acrescentou: “Temos registros para comprovar isso.”

Israel já acusou a UNRWA de empregar membros do Hamas e de outros grupos terroristas. Em agosto, a ONU disse que demitiu nove funcionários da UNRWA que possivelmente estavam envolvidos nos ataques de 7 de outubro.

A UNRWA confirmou, em 24 de outubro, que Itiwi era funcionário, e seu nome estava em uma lista enviada por Israel em julho com 100 funcionários que supostamente também seriam membros de grupos terroristas, incluindo o Hamas.

A agência afirmou não ter tomado nenhuma medida contra Itiwi, pois Israel não respondeu a um pedido de mais informações.

“O comissário-geral da UNRWA respondeu imediatamente a essa carta, afirmando que qualquer alegação é levada a sério. Ele instou [o governo de Israel] a cooperar com a agência fornecendo mais informações para que ele pudesse agir. Até o momento, a UNRWA não recebeu resposta a essa carta”, disse Juliette Touma, diretora de comunicações da UNRWA.

Hagari afirmou que Israel solicitou esclarecimentos urgentes de altos funcionários da ONU e uma investigação sobre o envolvimento de funcionários da UNRWA no massacre de 7 de outubro.

Israel há muito acusa a UNRWA, criada em 1949, de cumplicidade com o Hamas. A agência é única entre as agências da ONU por lidar exclusivamente com um grupo de refugiados, os palestinos – enquanto outros grupos são atendidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – e por empregar majoritariamente palestinos. Ao contrário de outras iniciativas para grupos de refugiados, a UNRWA não realiza esforços para reassentar os palestinos.

O nome de Mohammad Abu Itiwi, comandante do Hamas no massacre de 7 de Outubro, aparece numa lista de funcionários da UNRWA, segundo o exército israelita. Cortesia da IDF

As escolas da UNRWA em Gaza, alega Israel, ensinam as crianças a odiar os judeus e Israel, diminuindo as perspectivas de paz no futuro.

A Associated Press e a Reuters contribuíram para este artigo.