Temido carrasco ‘Barba Branca’ do Estado Islâmico é capturado no Iraque

09/01/2018 00:07 Atualizado: 09/01/2018 00:11

Um executor proeminente do Estado Islâmico (EI), apelidado de “Barba Branca”, foi capturado pelas forças iraquianas, e agora ele mesmo poderia enfrentar execução, de acordo com reportagens.

Abu Omer ficou conhecido por suas aparições em vídeos de execução do Estado Islâmico e presidiu os assassinatos de muitos que corromperam o chamado “califado”.

Ele foi capturado na cidade de Mosul, no Norte do Iraque, na semana passada, de acordo com o Yahoo, citando Hisham al-Hishimi, um conselheiro do governo iraquiano.

Os moradores locais denunciaram-no as forças de segurança indicando a localização do esconderijo do militante do EI em Mosul, informou a agência de notícias iraniana AhlulBayt (ANBA), citando uma mídia iraquiana.

Imagens compartilhadas em mídias sociais mostraram Omer com um homem que seria um membro dos serviços de segurança iraquianos.

Omer apareceu em vídeos gráficos das execuções do Estado Islâmico, nos quais homossexuais foram jogados de edifícios, e outros decapitados e condenados à morte por ofensas menores como a blasfêmia.

Agora, Omer, denominado “Barba Branca” por causa de seu distintivo cabelo facial, poderia ele mesmo enfrentar a execução.

O grupo terrorista foi quase totalmente expulso de Mosul, de acordo com várias reportagens.

A cidade, que está próxima da fronteira com a Síria, é onde Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do Estado Islâmico, declarou a criação do autoproclamado califado do grupo em julho de 2014 depois que o grupo terrorista capturou o território no norte do Iraque e no leste da Síria.

Agora, há menos de mil terroristas do Estado Islâmico restantes no Iraque e na Síria combinados.

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De acordo com um relatório da Human Rights Watch divulgado no mês passado, cerca de 20 mil pessoas suspeitas de terem vínculos com o Estado Islâmico estão detidas em todo o Iraque.

Não está claro quantos foram mortos pelo grupo terrorista, mas, de acordo com o Daily Mail, mais de três milhões de iraquianos que foram deslocados pelo conflito permanecem em campos de refugiados.

As estimativas das Nações Unidas (ONU) dizem que apenas em Mosul, 40 mil habitações precisam ser reconstruídas ou restauradas e cerca de 600 mil habitantes não conseguem retornar à cidade, que foi outrora habitada por cerca de 2 milhões de pessoas, de acordo com o Daily Mail.

Uma investigação da Associated Press encontrou pelo menos 133 grandes covas comuns deixadas pelos extremistas derrotados, relatou a Fox, embora se espere encontrar outras mais.

Estima-se que as covas que foram encontradas contenham entre 11 mil e 13 mil cadáveres.