Por Paul Huang, Epoch Times
Smartphones fabricados pela empresa chinesa Huawei estão sendo vendidos para soldados nas bases militares norte-americanas localizadas na Alemanha. Estas vendas suscitam preocupações de segurança nacional porque os agentes de inteligência e os legisladores norte-americanos têm repetidamente acusado a Huawei de fazer espionagem para o regime chinês, com o qual tem laços estreitos.
Stars and Stripes, jornal sediado nos Estados Unidos, informou pela primeira vez que os telefones da Huawei fabricados na China são vendidos pela TKS, uma filial da Vodaphone, para autoridades norte-americanas através das lojas do Serviço de Intercâmbio do Exército e da Força Aérea (AAFES, na sigla em inglês) em várias bases alemãs.
Supõe-se que os membros do serviço que compram estes telefones Huawei só irão usá-los em privado, já que eles não estão entre os dispositivos de comunicação seguros aprovados pelo Pentágono para uso oficial. Ao levar consigo esses telefones, os soldados, mesmo aqueles que só usam telefones para suas comunicações privadas, correm o risco de sofrer uma possível vigilância.
O porta-voz do AAFES disse que continuaria permitindo que os telefones Huawei sejam vendidos nas lojas até que o Pentágono explicitamente o proíba, já que atualmente não existe nenhuma regulamentação que impeça sua compra.
Um projeto de lei apresentado em janeiro pelo deputado republicado do Texas, Mike Conaway, proíbe explicitamente os contratantes do governo de usar dispositivos da Huawei e ZTE.
Huawei nega veementemente a acusação de que seus dispositivos podem estar sendo usados pelo regime chinês para espionar, e sempre afirma que a empresa é propriedade de seus empregados. Entretanto, os oficiais norte-americanos mantém sua advertência para não usar telefones da Huawei.
Em 2016, descobriu-se que a Adups, uma empresa com sede em Xangai que vende firmware para fabricantes de smartphones como a Huawei e ZTE, tinha inserido uma backdoor no firmware fornecido ao fabricante norte-americano dos telefones BLU Products, com uma opção que envia mensagens de texto pessoais a um servidor na China a cada 72 horas. Huawei insiste em que seus telefones não foram afetados pelo firmware Adups defeituoso.