O Banco Central da Argentina realizou, na terça-feira (14), um corte na sua taxa de juros de 50% para 40%. As reduções se devem também à taxa de inflação estar caindo de maneira vertiginosa.
De acordo com o Instituto Nacional de Estadística y Censos (INDEC), a taxa de inflação na Argentina aumentou no acumulado de 12 meses para 65 por cento em abril, porém a inflação mensal, desde quando Milei assumiu o governo, caiu de 25% em dezembro de 2023 para 8,8% em abril de 2024.
Essa é a primeira vez desde outubro de 2023 que a inflação atinge apenas um dígito e a expectativa é que a inflação vai baixar mais ainda devido a confiança dos consumidores e do mercado em investir novamente na Argentina.
De acordo com a Trading Economics e a Universidad Torcuato di Tella, a confiança dos consumidores que havia despencado em novembro de 2023 de 47,51 pontos para 35,6 em janeiro de 2024, cresceu desde então de maneira calma porém constante.
A quantidade de passivos dos bancos, ou seja, a quantidade de depósitos realizados têm subido também de maneira constante de $10.905 bilhões para $20.592 bilhões em abril de 2024, um aumento de quase 90%. A quantidade de dinheiro aumentada através de investimentos tem permitido a política monetária atual de diminuição de juros.
A taxa de juros do país passou por um novo corte no dia 14 de maio, saindo de 50% para 40%, porém o corte na taxa dos juros é maior ainda se comparado ao dia 12 de dezembro quando estava em 126%.
A divulgação dos dados sobre a inflação argentina veio um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI), se adiantar e elogiar as políticas econômicas de Milei:
“Resultados melhores do que o esperado – todos os critérios de desempenho para o primeiro trimestre foram ultrapassados”
O presidente da Argentina, Javier Milei, economista do Partido Libertário e defensor da chamada Escola Austríaca de Economia, defende uma política liberal cuidadosa sobre a manutenção da taxa de juros.