Pela Reuters
DAR ES SALAAM, Tanzânia – Um tribunal da Tanzânia sentenciou uma proeminente empresária chinesa apelidada de “Rainha do Marfim” a 15 anos de prisão em, 19 de fevereiro, por contrabandear as presas de mais de 350 elefantes para a Ásia – uma grande vitória na batalha contra a caça furtiva na África.
Yang Feng Glan foi acusada em outubro de 2015, juntamente com dois homens da Tanzânia, por contrabando de 860 peças de marfim entre 2000 e 2004, no valor de 13 bilhões de xelins (US$ 5,6 milhões). Ela negou as acusações.
Fontes policiais disseram que Yang, de 69 anos, viveu na Tanzânia desde a década de 1970 e foi secretária-geral do Conselho Empresarial da Tanzânia China-África. Fluente em suaíli, ela também é dona de um popular restaurante chinês em Dar es Salaam.
O magistrado do Tribunal de Kisutu, Huruma Shaidi, condenou Yang, Salivius Matembo e Manase Philemon a 15 anos de prisão por liderar uma gangue de criminosos organizados.
Shaidi também ordenou que pagassem o dobro do valor de mercado das presas de elefante ou enfrentassem outros dois anos de prisão.
Nos documentos dos tribunais, os promotores disseram que Glan “intencionalmente organizou, administrou e financiou uma fraude criminosa ao coletar, transportar ou exportar e vender troféus do governo” pesando um total de 2,1 toneladas.
A demanda por marfim de países asiáticos como a China e o Vietnã, onde é transformada em joias e ornamentos, levou a um surto de caça furtiva em toda a África.
A população de elefantes da Tanzânia diminuiu de 110.000 em 2009 para pouco mais de 43.000 em 2014, de acordo com um censo de 2015, com os grupos de conservação culpando a caça em “escala industrial”.
Em março de 2016, a Tanzânia condenou dois homens chineses a 35 anos de prisão por contrabando de marfim, enquanto em dezembro de 2015 outro tribunal sentenciou quatro homens chineses a 20 anos de prisão, após terem sido condenados por contrabando de chifres de rinoceronte.
De Fumbuka Ng’wanakilala