Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Taiwan planejou aumentar suas aquisições de mísseis Stinger de curto alcance dos Estados Unidos para aumentar sua capacidade de defesa em meio às ameaças militares contínuas da China comunista, de acordo com o Ministério da Defesa da ilha.
Em um relatório orçamentário recente, o ministério declarou seu objetivo de adquirir 1.985 mísseis Stringer, além dos 500 mísseis já encomendados para a marinha e o exército, informou o meio de comunicação local Liberty Times em 1º de setembro.
De acordo com o relatório, o ministério recebeu aprovação do governo dos EUA para seu pedido revisado, aumentando o valor das vendas de armas de NT$13,37 bilhões (cerca de US$417 milhões) para NT$69 bilhões (cerca de US$2,15 bilhões).
O pedido revisado também incluirá 549 sistemas de lançamento e 549 conjuntos de transponders de identificação de amigo ou inimigo para o exército taiwanês, que devem chegar até 2031.
O primeiro lote de mísseis Stinger está programado para ser entregue em 2025 e será implantado nas unidades do exército e da marinha da ilha, na polícia militar em Taipei, em navios da marinha e em guarnições da guarda costeira, de acordo com o ministério.
A segunda remessa de mísseis Stinger deve chegar até 2031 e será mantida em reserva, de acordo com o ministério.
Taiwan tem procurado aumentar suas compras de equipamentos militares em meio às repetidas incursões dos militares chineses no espaço aéreo da ilha nos últimos meses.
As forças armadas de Taiwan avistaram 30 aviões de guerra chineses, sete embarcações e quatro navios oficiais ao redor da ilha em 30 de agosto, de acordo com o ministério. Desses, 20 aviões de guerra cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan e entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.
Taiwan respondeu com o envio de aeronaves, navios da marinha e sistemas de mísseis costeiros para monitorar a atividade dos militares chineses.
O Partido Comunista Chinês (PCCh), que nunca governou Taiwan, considera a ilha autônoma como uma província renegada e nunca descartou a possibilidade de usar a força para controlá-la.
Washington não apoia a independência de Taiwan e se opõe a qualquer mudança unilateral no status quo de qualquer um dos lados, mas declarou que ainda forneceria a Taiwan os recursos necessários para a defesa.
Em junho, o governo Biden aprovou uma venda de armas de US$360 milhões para Taiwan, enviando à ilha centenas de drones armados, equipamentos de mísseis e material de apoio relacionado.
A venda incluiu 291 sistemas Altius-600M, que são veículos aéreos não tripulados com ogivas, e 720 drones Switchblade, conhecidos como “munições de alcance estendido”, disse o Departamento de Estado na época.
A transferência de armas “ajudaria a melhorar a segurança do destinatário e ajudaria a manter a estabilidade política, o equilíbrio militar e o progresso econômico na região”, declarou o departamento.
O PCCh expressou forte oposição às vendas de armas dos EUA para Taiwan, dizendo que tais vendas violam o “princípio de uma só China” e constituem interferência nos assuntos internos da China. Em julho, Pequim impôs sanções a seis empresas de defesa dos EUA e a cinco executivos seniores por causa da venda de armas a Taiwan.
A Associated Press contribuiu para esta reportagem.