Bandeiras foram hasteadas a meio mastro pela Tailândia, nesta sexta-feira (7) após o massacre mais mortal do país, que deixou pelo menos 38 mortos, a maioria eram crianças.
O número de mortos inclui o agressor, sua esposa e seu filho – ambos mortos após o tiroteio na creche em Uthai Sawan, uma cidade a 500 quilômetros a nordeste de Bangkok, em 6 de outubro.
O rei tailandês, Maha Vajiralongkorn, a rainha consorte, Suthida e o primeiro-ministro, Prayut Chan-ocha, visitaram os sobreviventes e as famílias das vítimas do ataque a tiros na província de Nong Bua Lamphu, nordeste do país, na sexta-feira.
“Gostaria de expressar minhas mais profundas condolências às famílias dos mortos e feridos. Ordenei que a polícia tome medidas legais imediatas e que todas as partes envolvidas forneçam recuperação aos afetados”, disse Prayut em um post no Facebook.
A polícia identificou Panya Kamrab, um ex-policial de 34 anos, como o agressor. A lincença de Panya foi suspensa no ano passado por acusações de tráfico de drogas e estava sendo julgado por posse ilegal de anfetaminas, informou o ThaiPBS .
Ele compareceu a uma audiência no tribunal antes de ir à creche para pegar seu filho, disse a polícia. Quando ele não encontrou seu filho lá, ele começou a atirar e esfaquear crianças enquanto elas dormiam.
Um total de 24 crianças de 2 a 5 anos foram mortas na creche, enquanto uma criança que foi baleada na cabeça sobreviveu após passar por uma cirurgia. Uma professora grávida estava entre os mortos, segundo relatos locais.
Panya eventualmente fugiu do local em uma caminhonete e matou sua esposa e filho em casa antes de cometer suicídio. Doze outras pessoas ficaram feridas no ataque, disse à polícia.
O governo prometeu cobrir os custos do funeral de todas as vítimas que morreram no ataque. Também fornecerá 100.000 baht (US $2.675) para vítimas que ficaram gravemente feridas ou incapacitadas permanentemente por causa do incidente, informou o ThaiPBS.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disse estar “triste e chocado” com o trágico tiroteio, enquanto pediu ao público e à mídia que se abstenham de postar imagens e vídeos da tragédia.
“A UNICEF condena todas as formas de violência contra crianças. Nenhuma criança deve ser alvo ou testemunha de violência em qualquer lugar, a qualquer hora”, afirmou em comunicado.
“Nós nos juntamos a todas as pessoas na Tailândia em luto e esperamos que os afetados recebam apoio adequado e oportuno”, acrescentou o UNICEF.
O massacre está entre os piores do mundo envolvendo crianças mortas por uma pessoa. Anders Breivik matou 69 pessoas, a maioria adolescentes, em um acampamento de verão na Noruega em 2011, enquanto o número de mortos em outros casos inclui 20 crianças na Sandy Hook Elementary School em Newtown, Connecticut em 2012, 16 em Dunblane na Escócia em 1996 e, 19 crianças em uma escola em Uvalde, Texas, este ano.
A Reuters contribuiu para esta notícia.
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