Suposto teste de mísseis hipersônicos da China não serviu como um ‘sinal de alerta’, afirma especialista

'Percebo que a supremacia americana será eclipsada pela China. Teremos uma ordem mundial liderada pelos chineses'

17/11/2021 23:58 Atualizado: 18/11/2021 08:01

Por Frank Fang

O suposto teste de míssil hipersônico com capacidade nuclear, de Pequim, durante o verão, não serviu de alerta aos Estados Unidos, e o dinheiro de investimento dos EUA continuará a fluir para a China enquanto o regime comunista busca construir uma ordem mundial liderada pela China, de acordo com especialista sobre o país.

“Tanto progresso é feito pela China, eu percebo que a supremacia americana será eclipsada pela China. São apenas os resultados expostos. Teremos uma ordem mundial liderada pelos chineses”, afirma Michael Pillsbury, diretor de Estratégia Chinesa do Instituto Hudson e autor de “A Maratona de Cem Anos”, ao canal de mídia irmão do Epoch Times, NTD.

Os militares chineses testaram pelo menos um míssil hipersônico, informou o Financial Times, em outubro, pela primeira vez. Pequim negou a acusação afirmando que se tratava de um “teste de rotina de espaçonave”.

O suposto teste atraiu a preocupação do general Mark Milley, presidente do Joint Chiefs of Staff, que classificou o teste como “muito próximo” a um “momento Sputnik“. O principal general dos Estados Unidos estava aludindo ao lançamento do Sputnik, o primeiro satélite artificial do mundo, pela União Soviética, em outubro de 1957, o que levantou sérias preocupações de que os Estados Unidos estavam ficando para trás em avanços tecnológicos, com relação à União Soviética.

Pillsbury afirmou que compartilhava da preocupação de Milley, mas que “estava longe de ser um alerta” para os Estados Unidos. Mesmo os americanos que não confiam no regime comunista estariam dispostos a investir na China ou comprar produtos chineses, declarou.

Pillsbury afirma que os americanos realmente acordariam para a ameaça representada pelo regime chinês se um incidente como o ataque surpresa do Japão contra Pearl Harbor ocorresse.

“Portanto, se a China atacar diretamente um porta-aviões americano, são cerca de 5.000 marinheiros a bordo, então, sim, isso é um sinal de alerta”, afirma.

No entanto, ele admitiu que era improvável que Pequim realizasse tal ataque, uma vez que “[sabe] como evitar conflito direto e evitar um alerta”.

O fato da China sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 mostra que não há preocupação, de acordo com Pillsbury.

“Veja as alegação de genocídio aos uigures. Trump relatou isso. Biden afirmou que é um genocídio. É esse o tipo de país com o qual devemos realizar as Olimpíadas?” questionou.

O governo Trump determinou que o regime chinês cometeu “genocídio” e “crimes contra a humanidade” aos uigures, no extremo oeste de Xinjiang, China, em janeiro. O presidente Joe Biden apoiou a designação de “genocídio” logo após assumir o cargo.

O regime comunista deteve mais de 1 milhão de uigures em campos de internamento, enquanto os submetia a esterilização forçada, aborto forçado, estupro, tortura, trabalho forçado e remoção de crianças de suas famílias.

O grupo de defesa com sede em Washington, Campaign for Uyghurs, está entre os vários grupos que pedem aos governos que boicotem as Olimpíadas de Inverno, que devem começar no dia 4 de fevereiro de 2022.

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