Suposto agressor de Salman Rushdie é acusado de tentativa de homicídio

13/08/2022 21:48 Atualizado: 13/08/2022 21:48

Por EFE

Autoridades em Nova Iorque acusaram neste sábado Hadi Matar, o suposto autor do esfaqueamento do escritor Salman Rushdie, de tentativa de homicídio e agressão com arma, e com detenção sem direito a fiança.

Matar, que estava usando um macacão listrado, algemas, grilhões e sapatos laranjas sem cadarços (um requisito nas prisões), permaneceu em silêncio no tribunal onde foi acusado. De acordo com o jornal “New York Times”, um defensor público designado para o caso se declarou inocente em seu nome.

A publicação indica que a próxima audiência da Matar foi marcada para 19 de agosto.

A acusação assegurou ao juiz que o ataque de Matar foi premeditado. Além disso, apontou que o suspeito também alegou que viajou de ônibus para a instituição de ensino onde Rushdie faria a palestra e comprou uma passagem.

Há poucos detalhes sobre Matar, de 24 anos, além de ser residente de Nova Jersey. Não se sabe o que o motivou a atacar o autor do romance “Versos satânicos”, que está sobrevivendo com respiração assistida.

“Estamos em contato com nossos colegas em Nova Jersey, de onde vem o agressor, para compartilhar informações e entender melhor o planejamento e a preparação que antecederam o ataque, de modo que nós e as diversas agências envolvidas possamos determinar que outras acusações, se houver, devem ser feitas”, comunicou a procuradoria do condado de Chautauqua, no norte de Nova Iorque, de acordo com a imprensa local.

“Tentaremos ser o mais transparente possível sem comprometer o caso”, disse a procuradoria.

Rushdie foi esfaqueado na sexta-feira em um palco de uma instituição de ensino no norte de Nova York pouco antes de dar uma palestra. Matar foi identificado como o agressor pelas autoridades e preso no local.

Após o ataque, o escritor foi levado a um hospital na Pensilvânia, onde respira com a ajuda de aparelhos.

Rushdie foi condenado à morte em 1989, quando o aiatolá iraniano Khomeini emitiu uma fátua condenando a publicação de seu livro “Versos satânicos”, considerado blasfemo pelas críticas ao islã.

 

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