Por Xu Jian
O Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul confirmou na quinta-feira (24) que um funcionário público sul-coreano foi baleado e morto por tropas norte-coreanas, e seu corpo foi cremado em seguida. Supostamente para prevenir a propagação do vírus COVID-19. O governo sul-coreano censura veementemente os “atos bárbaros” da Coreia do Norte.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, expressa que o ocorrido é extremamente lamentável e chocante e que não pode ser tolerado dado nenhuma circunstância. Moon Jae-in também instruiu os militares sul-coreanos a fortalecerem ainda mais o estado de alerta do país e a fazer todos os tipos de preparativos para proteger a vida de seus cidadãos.
Esta é a primeira vez após 12 anos que civis sul-coreanos foram assassinados a tiros pela Coreia do Norte novamente, o que se acredita agravar ainda mais a tensão entre os dois países.
O Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul disse que o homem era um funcionário público tem 47 anos e que possuia dois filhos, era instrutor de pesca do Ministério dos Oceanos e Pesca da cidade de MokPo (localizada na ponta sudoeste da península coreana). Na segunda-feira (21), ele embarcou em um barco-patrulha e desapareceu durante o serviço perto da Ilha YeonPyeong, a ponta mais setentrional do oeste da Coreia do Sul. O navio estava a cerca de 10 quilômetros da Linha de Demarcação Militar (LDM), fronteira entre Coreia do Norte e Coreia do Sul e foi posteriormente encontrado nas águas do norte.
Durante as investigações posteriores, foram encontrados os sapatos do cidadão na embarcação, acredita-se então que ele estava planejando fugir para a Coreia do Norte. Após receber o relato, a Guarda Costeira sul-coreana enviou 20 navios e aeronaves para efetuar a busca e o resgate, mas não foram encontrados nenhum rastro do homem.
Ministério da Defesa sul-coreana especularam que o funcionário público queria abandonar a Coreia do Sul pulando no mar, mas foi encontrado e baleado por soldados de defesa norte-coreanos como um ato preventivo da propagação do vírus. Motivos verdadeiro da fuga ainda estão sendo investigados.
A Coreia do Sul afirmou que “condena veementemente este ato bárbaro e exorta veementemente a Coreia do Norte a explicar e punir os perpetradores”.
Robert Abrams, o comandante das Forças dos EUA na Coreia do Sul, disse no mês passado que uma nova “zona tampão” de aproximadamente 2 metros foi estendida na fronteira entre a Coreia do Norte e a China. Forças especiais foram estabelecidas na zona com a missão de: “Qualquer pessoa que cruzar a fronteira será baleado sem exceções.”
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