A morte de mais uma pessoa nesta quinta-feira elevou para 54 o total de mortos nos protestos que acontecem no Peru desde dezembro do ano passado, neste último caso em confrontos entre manifestantes e forças de segurança em Arequipa, a segunda cidade mais populosa do país.
“Lamentamos a morte de uma pessoa durante os confrontos na ponte Añashuayco, localizada no norte da cidade (de Arequipa)”, afirmou a Ouvidoria Pública no Twitter, antes de pedir ao Ministério Público uma rápida investigação dos fatos “a fim de apurar responsabilidades”.
O Peru enfrenta nesta quinta-feira um intenso dia de protestos em várias regiões que incluem tentativas de tomar os aeroportos de Arequipa, Cuzco e Juliaca, além de uma mobilização massiva no centro histórico de Lima, onde ocorreram confrontos com forças de segurança.
Em Arequipa, a polícia e os militares repeliram uma tentativa de tomada do aeroporto por manifestantes, embora os confrontos tenham durado várias horas e, segundo constatou a EFE, um avião e veículos blindados das Forças Armadas participaram do trabalho de controle do aeroporto.
Na manhã desta quinta-feira, o Ministério dos Transportes e Comunicações informou o fechamento do aeroporto de Arequipa “para salvaguardar a integridade dos cidadãos e a segurança das operações aeronáuticas”, após os confrontos registrados no início do dia.
O aeroporto de Cuzco também suspendeu as operações devido aos protestos e a imprensa local relatou outra tentativa de invasão ao aeroporto de Juliaca, na região de Puno.
As manifestações no Peru começaram em 7 de dezembro, quando Dina Boluarte assumiu a presidência por sucessão constitucional após o autogolpe fracassado de Pedro Castillo (2021-2022) e, após uma trégua de Natal, ganharam força a partir de 4 de janeiro, principalmente no sul do país.
Até agora, os protestos deixaram 44 manifestantes mortos, além de um policial, enquanto outras nove pessoas, incluindo uma mulher grávida, perderam suas vidas em episódios vinculados aos bloqueios de estradas e às paralisações.
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