Autoridades da Venezuela prenderam dois diretores da indústria do petróleo por suposto envolvimento em um esquema de corrupção em setores estratégicos, elevando para 27 o número total de pessoas presas, incluindo 16 funcionários públicos e 11 empresários, informou nesta sexta-feira (31) o procurador-geral da República, Tarek William Saab.
No Twitter, o chefe do Ministério Público disse que os novos detidos são Jackeline Perico e José Lima, “ligados à Direção Executiva de Produção da Faixa Petrolífera do Orinoco”, uma extensa área que possui as maiores reservas comprovadas de petróleo.
Ambos “serão acusados de atos de corrupção, nos quais aparecem como participantes no esquema” desenvolvido na estatal PDVSA e na Superintendência de Criptoativos (Sunacrip).
Por outro lado, informou que os “atos graves” de corrupção na Corporação Venezuelana de Guayana (CVG) serão investigados, um dia depois de a Polícia Anticorrupção ter pedido ao procurador para processar um “grupo de funcionários” deste conglomerado de empresas públicas de recursos minerais, florestais e elétricos, entre outros, localizadas no estado de Bolívar.
Em 17 de março, a Polícia Anticorrupção emitiu um primeiro comunicado no qual solicitava a acusação de um número indeterminado de cidadãos que “exerciam funções na magistratura, na indústria petrolífera e em algumas prefeituras”.
Subsequentemente, o Ministério Público confirmou que um deputado, o chefe da entidade pública de criptoativos, um prefeito, cinco trabalhadores de uma vice-presidência da PDVSA liderada por Antonio Pérez – também preso -, dois funcionários da Intendência de Mineração Digital e Processos Associados e três juízes estão entre os implicados nos esquemas de corrupção e serão processados.
Foram também detidos 11 empresários que, segundo o procurador, estão associados a operações de lavagem de dinheiro proveniente destas atividades ilícitas no setor do petróleo e de criptoativos.
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