Por Agência EFE
Os downloads dos aplicativos de mensagens Signal e Telegram dispararam desde que o WhatsApp anunciou que compartilhará dados com seu pai, o Facebook.
Signal e Telegram se tornaram os dois aplicativos mais baixados na Apple App Store e no Google Play para Android nos Estados Unidos, especialmente após o fechamento do aplicativo de mensagens Parler, popular entre os conservadores, e a suspensão maciça de contas nas redes sociais de personalidades que falavam da fraude eleitoral dos EUA
Entre 6 e 10 de janeiro, a Signal viu 7,5 milhões de downloads em todo o mundo para Android e iOS, 43 vezes mais do que na semana anterior, de acordo com dados da Sensor Tower.
Enquanto isso, o Telegram teve 5,6 milhões de downloads no mesmo período, de acordo com a Apptopia.
O Telegram anunciou na terça-feira que ultrapassou os 500 milhões de usuários ativos, com 25 milhões de novos apenas nas últimas 72 horas em todo o mundo.
Nos Estados Unidos, os grupos conservadores do Telegram viram seu número de assinantes aumentar em milhares após a suspensão do presidente Donald Trump no Facebook e no Twitter, bem como após a queda de Parler por ficar sem acesso aos servidores da Amazon Web Services.
O Signal e o Telegram se orgulham de ter os mais rigorosos sistemas de criptografia e proteção de dados em aplicativos de mensagens.
Além disso, o fundador da Tesla, Elon Musk, recomendou o uso do Signal na quinta-feira passada em um tweet que tem mais de um terço de um milhão de “curtidas”.
O aumento nos downloads desses dois aplicativos ocorre depois que o WhatsApp anunciou mudanças em sua política de privacidade em 4 de janeiro para compartilhar alguns metadados com o Facebook para “fins comerciais”.
O WhatsApp quis esclarecer que as mensagens do WhatsApp continuarão sendo criptografadas e seu conteúdo não poderá ser acessado pelo Facebook, o que também não acontecerá com os contatos, embora certos metadados sejam usados para melhorar os serviços de comércio eletrônico e publicidade no conglomerado de tecnologia.
“A atualização da nossa política de privacidade não afeta suas mensagens com amigos e familiares”, disse recentemente o WhatsApp, que viu uma redução no número de downloads semanais.
A partir de 8 de fevereiro, o aplicativo de mensagens mais popular do mundo, com 2.000 milhões de usuários, não permitirá, como antes, que o usuário opte por não aceitar o compartilhamento de dados com o Facebook nos Estados Unidos.
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