O Shin Bet, a agência de segurança interna de Israel, descobriu uma rede de serviços de inteligência do Irã que buscava recrutar israelenses na internet para realizar tarefas de espionagem em troca de dinheiro.
“Elementos de segurança iranianos contataram israelenses em diversas plataformas nos últimos meses, entre elas X (antigo Twitter), Telegram, WhatsApp, Facebook e Instagram, e, usando vários subterfúgios, provocaram uma conversa inicial”, disse o Shin Bet em comunicado.
A agência destaca que os agentes iranianos se passaram por corretores imobiliários e pessoas interessadas em comercializar drones, solicitar sessões de fotos, interessadas em namoro online ou procurar investigadores particulares, entre outros “falsos pretextos”.
Os agentes pediam então aos israelenses “enganados” que realizassem várias missões em troca de dinheiro, que o Shin Bet disse “não teriam afetado aspectos-chave de segurança, mas tinham como objetivo servir os interesses iranianos e enriquecer sua inteligência”, como fotografar pontos de interesse ou verificar endereços.
Segundo o Shin Bet, alguns israelenses não cumpriram as tarefas e notificaram as autoridades.
A agência de segurança interna de Israel afirma que as tentativas de recrutar israelenses são “um método bem conhecido de operação das agências de segurança iranianas”, um esforço que intensificaram “enormemente” desde o início da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, além de usarem o espaço digital para “para fins de intimidação, transmissão de mensagens ou promoção de atividades terroristas”.
“Seu objetivo é ajudar o Hamas na sua guerra e prejudicar a resiliência nacional e o esforço de guerra de Israel, semeando a desmoralização e aprofundando as divisões sociais”, advertiu o Shin Bet.
A agência divulgou provas como capturas de tela de conversas em que um suposto agente iraniano pede a um israelense que cometa um assassinato, em troca de 70 mil euros.