O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul, conversou nesta sexta-feira por telefone com seus homólogos dos Estados Unidos e do Japão, Antony Blinken e Yoko Kamikawa, para abordar as implicações do novo tratado estratégico entre a Coreia do Norte e a Rússia e analisar possíveis respostas.
A tensão na península coreana agravou-se ainda mais depois da visita a Pyongyang, nesta semana, do líder russo, Vladimir Putin, durante a qual assinou com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, o referido pacto, que inclui uma cláusula de assistência militar mútua em caso de agressão contra os seus territórios.
Em sua conversa, Cho e Blinken concordaram que o fortalecimento da cooperação entre Moscou e Pyongyang “representa uma ameaça significativa à segurança da Coreia do Sul e dos Estados Unidos” e “mina seriamente a paz e a estabilidade na península coreana e na região”, detalhou a chancelaria sul-coreana em um comunicado.
O ministro sul-coreano pediu ao secretário de Estado americano que seus países trabalhem em estreita colaboração e tomem a iniciativa de dar uma resposta da comunidade internacional, além de ter explicado a Blinken as contramedidas já estabelecidas por Seul, que incluem novas sanções a Pyongyang e controles de exportação para Moscou.
Blinken respondeu, por sua vez, que “considerará várias maneiras de responder” à ameaça representada por estes desenvolvimentos, segundo Seul.
Os chanceleres também concordaram em reforçar sua dissuasão ampliada e em cooperar trilateralmente com o Japão para enfrentar os riscos colocados pelos programas de armas norte-coreanos.
Em uma conversa por telefone separada entre Cho e Kamikawa, ambos os ministros compartilharam sua “grave preocupação” com o aprofundamento dos laços militares e econômicos entre a Coreia do Norte e a Rússia, e concordaram em realizar consultas bilaterais e trilaterais para adotar respostas mais eficazes aos desenvolvimentos recentes.