O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou nesta terça-feira (19) que os recentes ataques com mísseis norte-americanos à região de Bryansk, na Rússia, refletem uma intensificação do envolvimento do Ocidente no conflito.
Segundo Lavrov, sem a assistência dos Estados Unidos, esses mísseis de alta tecnologia não estariam sendo utilizados, o que corrobora as críticas do líder russo, Vladimir Putin, sobre o apoio ocidental à Ucrânia.
Na mesma linha, Putin anunciou uma atualização na doutrina nuclear russa, que agora reduz o limite para o uso de armas nucleares, respondendo a uma gama maior de ataques convencionais.
A Rússia afirmou que a Ucrânia usou mísseis ATACMS, fabricados nos Estados Unidos, para atingir o território russo.
Em outra frente, Andrei Kartapolov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do Parlamento russo, falou à agência estatal russa Ria Novosti sobre os objetivos estratégicos do Kremlin na Ucrânia, conforme publicado pela agência Reuters.
Para combater a ameaça representada pelos mísseis de longo alcance, Kartapolov afirmou que a prioridade é “impedir que os aviões decolassem”.
“Estamos nos concentrando nessa tarefa. Isso é uma prioridade, porque se um avião não decolar, o míssil não será lançado”, explicou.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também se manifestou, destacando os “momentos decisivos” que, segundo ele, ocorrerão no próximo ano.
Durante um discurso no Parlamento, afirmou: “Nesta fase da guerra, está sendo decidido quem prevalecerá. Se nós, sobre o inimigo, ou o inimigo sobre nós ucranianos… e europeus. E todos no mundo que querem viver livremente e não estar sujeitos a um ditador.”
Desde o início do conflito, milhares de ucranianos perderam a vida, e mais de 6 milhões foram forçados a viver como refugiados no exterior. O impacto do conflito também tem se espalhado, afetando diversas regiões além da Ucrânia.